Neurologista orienta para os riscos do uso excessivo de jogos eletrônicos
Repórter
Você sabia que o uso excessivo de jogos em tablets e smartphones por crianças e adolescentes pode causar vários problemas de comportamento e na forma como enxergam a realidade? O alerta é feito pelo neurologista Adriano Miranda de Sousa, que tem experiência em casos relacionados a esta faixa etária.
Os problemas são causados não somente por estes aparelhos, mas por jogos em videogames e computadores. Segundo o médico, a principal preocupação da área médica quanto este alto consumo de jogos eletrônicos é o isolamento social da criança, que passa a não conviver com outras crianças e se isola no mundo do jogo que pode se tornar um vício. As tramas fantasiosas das brincadeiras acabam transformando a noção de realidade da pessoa. Alguns também possuem conteúdos violentos e podem tonar o jovem mais violento, hiperativo e agressivo.
Sousa acrescenta que a idade para o uso dos smartphones está cada vez menor e é difícil 'embarreirar' esta ferramenta entre os jovens. Por isso, ao invés de cortar por completo o acesso, os pais podem limitar o tempo de uso, ficarem atentos aos conteúdos e alternarem os jogos com outras atividades ao ar livre.
Muitas crianças usam os dispositivos à noite, o que altera o ritmo do sono, pois passam a dormir mais tarde e precisam acordar cedo por causa do horário escolar. "Com isso, elas ficam mais improdutivas, irritadas, sonolentas, dispersas, desatentas e com a memória afetada", destaca. Estas atividades também antecipam algumas fases da criança, tornando as precoces em algumas atitudes. Quando estão ligadas aos jogos eletrônicos, deixam de fazer outras atividades que se fazia naquela faixa etária, que era brincar com outras crianças.
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O médico ainda alerta que o uso excessivo pode ocasionar problemas no desenvolvimento neural da criança, pois elas ficam condicionadas as situações, tornando suas atitudes automatizadas. "Existem programas para estimular a atividade cerebral, mas é uma terapia acompanhada por profissionais. Se os pais quiserem oferecer um brinquedo com conteúdo psicopedagógico, o indicado é trabalhar com produtos que não sejam eletrônicos."
A atividade automatizada também pode ocasionar o ganho de peso. O neurologista explica que já existem alguns jogos eletrônicos que já induzem o movimento, mas com certeza diminuem a atividade física, deixando as crianças mais sedentárias. Assim, elas tendem a ter ganho de peso, distúrbio de sono, distúrbio de aprendizado, antissociais e pode desenvolver um condicionamento vicioso. "Como os jogos possuem fases e situações em que o jogador precisa e consegue sempre vencer, de acordo com o seu desempenho, ele torna a criança mais inflexível com as relações de frustração da vida. Esta fuga deturpada da realidade", destaca.
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