Jussara Hadadd Jussara Hadadd 11/8/2009

O pompoarismo visto do alto

PompoarismoMuito mais que um simples fetiche sexual como vem sendo abordado na atualidade, o Pompoarismo constitui uma técnica riquíssima que propõe cuidados raríssimamente discutidos ou apresentados, aqui no ocidente pelos profissionais da saúde, área direta de sua competência. Cuidados com a musculatura pélvica com benefícios que chegam às esferas físicas e enérgicas da mulher que se dedica aos seus exercícios. O Pompoarismo em uma visão mais ampla propõe uma responsabilidade sobre a sua pratica que leva mulheres desencantadas com seu corpo, com seu sexo e com seus relacionamentos a uma nova consciência.

Em tempos onde o sexo é visto como desafio a liberalidade onde sobre ele tudo se cogita e a ele tudo se atribui, o Pompoarismo foi restringido a um acessório erótico utilizado para impressionar e com isto, infelizmente, ganhou conotação pejorativa e sentido baixo impossibilitando mulheres de todas as idades e condição social, utilizarem seus ricos benefícios e viverem com mais qualidade, eximindo-se de doenças físicas que as acometem na maturidade e livrando-se das tristezas que uma vagina flácida e um assoalho pélvico estirado podem lhes causar.

Instituiu-se um preconceito muito errôneo acerca do tema, privando principalmente as mulheres menos resolvidas sexualmente de conhecerem esta alternativa que as libertariam do estigma do sexo ruim e sem prazer durante toda a vida e principalmente na maturidade. Da humilhação de serem preteridas a uma moça jovem e de vagina apreciada, do constrangimento da perda de urina involuntária e do desconforto em submeterem-se as vulgo cirurgias de períneo, que apertam vaginas, reconstituem períneos, recolocam bexigas nos seus devidos lugares e retiram úteros que obedecendo à lei da gravidade, escorregam por canais esquecidos, nunca comentados e absolutamente mal cuidados.

Mas para o que serve este tal Pompoarismo na verdade? Isso não é coisa de prostituta? Não serve exclusivamente à pornografia? Ainda que fosse só isso, já seria motivo suficiente para que as moças e senhoras distintas se interessassem por ele sobremaneira. Uma arma poderosa de sedução e conquista que está detida nas mãos de quem, a princípio, tem o sexo muito bem esclarecido em suas mentes e em suas vidas. Um trunfo de poder e glória no domínio de mulheres que já são procuradas como rainhas da salvação de relacionamentos frios e destinados ao envelhecimento precoce pelas “ladys” engrandecidas em sua nobreza doméstica instituída. Se fosse só por isso, já bastaria.

Mas para espanto de todos, o Pompoarismo é muito mais, é muito maior, é enriquecedor e engrandecedor para a mulher que não negligencia sobre o seu corpo, para a mulher que desbrava caminhos da felicidade e da qualidade da sua vida e da vida a dois. O Pompoarismo visto do alto, previne, cura, reabilita, energiza, traz prazer e dá prazer.

Quando praticado desde a tenra idade, preserva a musculatura pélvica e circunvaginal em perfeito estado, garantindo o tônus e a capacidade de contração que tornam uma vagina apreciável e provocam sensações indescritíveis.

Ao amadurecer, a mulher que o pratica, previne os quadros de incontinência urinária, a queda de órgãos e mantém a capacidade de ter e dar prazer mesmo depois dos partos.

Madura, e se desenvolveu qualquer um dos males citados, a mulher poderá reabilitar sua vagina, fortalecendo-a e tendo no sexo os mesmos atributos de uma jovem. Reverte quadros de incontinência urinária e na medida do possível mantém o estágio inicial dos prolápsos, evitando cirurgias, conforme indicação de seu médico.

Ajuda na lubrificação, na qualidade do orgasmo, nas infecções vaginais reincidentes, nas síndromes de vaginismo, no pós parto, no parto natural. O Pompoarismo é um conjunto de exercícios simples e gostosos de fazer que demandam pouco tempo diário e não exigem privacidade. É ensinado verbalmente e a mulher que se dispõe a aprender não precisa se despir e sua genitália não é vista e nem tocada. São feitos em casa, no carro, no trabalho ou na hora em que for melhor para ela. São indicados para mulheres de todas as idades e dão resultados a todas. Para quem quer mais, os exercícios podem ser feitos em estado meditativo elevando os níveis de energia através da ação que exerce sobre alguns chakras propiciando equilíbrio a todo o conjunto.

Estão aí a ignorância, o preconceito, a preguiça e o imediatismo, mais uma vez, privando o ser humano e em especial a mulher pós-moderna de viver em plenitude com o seu corpo e com o seu prazer. Muitas mulheres ainda precisam compreender que a verdadeira beleza, a verdadeira sensualidade e capacidade de amar podem estar muito mais dentro delas e no seu esmero em ser completa que nos subterfúgios oferecidos pela máquina da beleza. Não se discute aqui o valor da beleza exterior, do capricho com sua aparência e sim o porquê não de não cuidar-se no todo. O porquê de manter-se em linhas de superficialidade tangíveis, porém insatisfatórias que geram questões e conflitos existenciais passíveis de tratamentos terapêuticos e nem sempre resolvidos com eles. Os cuidados que vão além do corpo, passando pelo seu comportamento, seus pensamentos, sua saúde e seu sexo, podem gerar mulheres integrais e altamente valorizadas.

A mulher, como o homem, se enfeita, se perfuma, cuida da forma física, adquiri bens materiais de toda ordem na maioria das vezes com a finalidade de dividir estas empreitadas com o sexo oposto. Alguns pensadores e pesquisadores defendem a tese que o ser humano se faz capaz de atrair outro ser humano, se apaixona e se envolve com o intuito instintivo e exclusivo de procriar. Que seja! O que posso afirmar aqui é que muito pouca gente opta conscientemente por viver sozinho e sendo assim, seria um despropósito achar que certos males, como os do coração e os da alcova possam ser curados em um consultório antes que nos braços de alguém que desejamos. No consultório podemos nos tornar mais capazes de ter esse alguém, de ser alguém para alguém, de aprendermos a viver por um tempo sem alguém, ou tentarmos viver sem alguém, aprendemos até aceitar viver sem alguém.

Sendo assim, mulheres do meu Brasil, mulheres do mundo todo, todas as que buscam resposta para o vazio que sentem dentro de si, olhem para dentro de si, olhem com atenção para o que deixam fluir, olhem com amor para o seu sexo e para a sua genitália, cuidem-se neste sentido também e parem definitivamente de culpar Deus e o mundo por seus fracassos amorosos. O Pompoarismo, que eu amorosamente prefiro chamar por sua versão em sânscrito, “Sahajolî” é verdadeiramente um caminho, dentre muitos caminhos, para quem quer mais. A culpa até pode ser do mundo, da sua criação ou mesmo do seu homem, mas o que acha de começar fazendo a sua parte?

Este mês precisei atender a alguns pedidos por esclarecimento ao tema e aos pedidos do meu coração e escrever a respeito do Pompoarismo na tentativa de desmistificar, de quebrar tabus e desfazer conceitos deturpados. Este mês senti uma enorme necessidade de ampliar consciências e de trazer à tona um conhecimento milenar subjugado e desmerecido injustamente. Não se trata aqui, acreditem de uma ação tendenciosa, uma vez que aplico a técnica em consultório e em workshops cobrando por isso, mas acima de tudo, este artigo foi escrito como presente a todos os meus leitores. Agradeço imensamente a difusão do tema.

Coloco-me a disposição de todos para esclarecer duvidas sobre o Sahajolî - Pompoarismo em qualquer tempo através desse portal.

Mais uma vez obrigada e meu abraço carinhoso em todos.


Jussara Hadadd é Filósofa e Terapeuta Sexual Feminina
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