Jussara Hadadd Jussara Hadadd 6/3/2012

Mulher, página por página

Foto de mulherExistem as que vêm prontas e as que precisam de um pequeno preparo. Tem também aquelas que representam precisar de um preparo, mas que no fundo, são bem mais experientes que muitos homens para o sexo. As mulheres e suas facetas.

A charmosa, a esperta, a medrosa, a independente, a carente. De meninas a senhoras, tipos e tipos, fazendo tipo de todos os tipos e poucas, bem poucas, ínfimas, a viver uma existência dependendo dela mesma para ser feliz. Estabelecendo critérios de convivência a partir de suas descobertas como ser que sabe o que precisa para ser feliz. Não é fácil, a gente sabe. Mas nem tentar, não cabe mais nos dias de hoje. A ignorância é uma fonte funda de infelicidade.

Mesmo que em conjunto com um homem experiente e bem resolvido sexualmente — porque não — hoje em dia, diante de tantas conquistas e de tanta informação, é de bom tamanho que as meninas se cuidem e se preparem para uma vida sexual menos problemática. Menos cercada de opiniões, muitas vezes passadas por mulheres que não conseguem ao menos resolver suas próprias questões.

A boa notícia é que, mesmo transgredindo leis e códigos de conduta de família e de religião, muitas moças estão se preparando melhor para uma sexualidade menos conflitada. Muitas já acordaram para a verdade que dita à vida melhor e mais plena, diante da possibilidade de prazer. Muitas já estão, inclusive, preocupadas com o seu desenvolvimento neste canal da vida e mais: preocupadas em não viverem experiências vazias, pobre de sentidos e de sentimentos. Estão atentas à possibilidade de se frustrarem ao depositarem no parceiro o sucesso de suas primeiras experiências sexuais. A maioria não está mais se entregando sem saber o que realmente quer sentir.

Às que não sabem nada, meus pêsames, meus sinceros sentimentos. Passar anos a fio sem nada buscar entender de sua sexualidade e do sexo com um homem pode representar bem mais que um charminho qualquer. Pode querer dizer que até então, elas nem mesmo existiram e dificilmente existirão sem a presença de um homem em suas vidas. Não que seja bom viver sem eles, não é nada disso, mas só viver para eles pode não dar em boa coisa.

E, rapazes, cuidado com as mocinhas que depositam em suas mãos toda a fonte de sua felicidade. Dependência afetiva e sexual pode gerar danos irreparáveis, traumas para toda uma vida, na vida dos dois. Os meninos podem passar a viver com o prejuízo de que todas as meninas são iguais e elas, para variar, pensando para sempre que homem não presta. Um aparte.

Quando a questão for sexo, é bom que as mocinhas não misturem tudo e definam logo que isto é importante para elas. É muito comum — e isso não é de hoje — mulheres abrirem mão de sua felicidade sexual pela conveniência de uma vida confortável ao lado de um homem que, na maioria das vezes supre a falta que ele faz na cama com, status, carros, joias e todo tipo de mimo que vem fácil, mas que pode custar uma vida de prazeres verdadeiros. Sabe aquela sensação de vazio? Você tem tudo e não está satisfeita nunca? E busca nas orações, nos filhos, nos parentes, no trabalho, nos estudos e mais tarde, quando se dá conta, teria trocado tudo, por momentos plenos de amor.

O conselho para as mulheres é que suas vidas sejam lidas como um livro bom. Aqueles que a gente relê várias vezes com atenção e sublinha quando encontra pontos de onde tiramos lições e passamos a seguir com êxito, alguns de seus exemplos. Descubra-se o mais cedo possível. Evite as armadilhas que irão levá-la à amargura de uma rainha de um castelo de areia.

Não despreze seus sentidos. Seu corpo fala e seu bom senso, somado à sua inteligência e sabedoria, podem escutar e atender sinais que permitirão, por exemplo, que você tenha um rei ao seu lado para sempre. Com status, carros, joias, todos os modelos e perfumes imagináveis e compráveis da face da terra, mas em uma relação coroada de muita felicidade, da felicidade que você um dia, descobriu antes de a dor bater a sua porta, que era importante para você.

Se sexo for importante na sua vida, procure auxílio caso não consiga resolver sozinha, mas não suplante ou sublime esta necessidade em nome de nenhum padrão que não seja o que você estabelecer para viver sorrindo.

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Jussara Hadadd é filósofa e terapeuta sexual feminina
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