Venda de capacetes chega a triplicar com nova resolu??o Equipamento que protege a cabe?a de motociclistas deve trazer tarjas luminosas na traseira e lateral e ter selo do Inmetro



Thiago Werneck
Rep?rter
04/01/2008

Na primeira semana da nova resolu??o do Conselho Nacional de Tr?nsito (Contran), a venda de capacetes e acess?rios de motos em Juiz de Fora aumentou em at? 200%. Muitos do motociclistas est?o com o acess?rio sem selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza??o e Qualidade Industrial (Inmetro) que sai por causa do sol e chuva a que os capacetes ficam expostos.

As tarjas reflexivas nas laterais e atr?s do capacete custam em m?dia R$ 4, mas o preju?zo quando ? preciso adquirir um novo que custa em m?dia entre de R$ 48,50 a at? R$ 400. As novas regras para uso desse acess?rio passaram a valer, nessa ter?a-feira, de 1? de janeiro, a partir da resolu??o 203 do Contran.

Motociclistas de Juiz de Fora est?o gastando at? R$ 300 por causa da nova regra. O alto custo ? provocado pelo selo do Inmetro que deve certificar a qualidade do capacete. O problema ? que com o tempo ele se desgasta, j? que n?o tem prote??o: ? um peda?o de papel colado na parte de tr?s. A ?nica solu??o nesse caso ? comprar um novo capacete e para quem costuma levar algu?m na carona o gasto ? dobrado.

Foto de bonecos Para pesar ainda mais no bolso dos motociclistas, o pre?o do seguro obrigat?rio aumentou de aproximadamente R$ 180, para R$ 230. As cobran?as de v?rios taxas nesse in?cio do ano gere reclama?es dos que tem ve?culo de duas rodas. Com IPVA e seguro obrigat?rio, essa ? mais uma despesa, em janeiro, que poderia ter sido adiada.

Mas a resolu??o estava prevista para valer no meio do ano, em agosto e teve prazo adiado para entrar em vigor, para que todos se adaptassem. "Todos j? t?m conhecimento dessa lei h? muito tempo, mas como brasileiro deixa tudo para ?ltima hora acaba tendo esse aumento de movimento na loja", diz o propriet?rio de uma loja de acess?rios e manuten??o de motos de Juiz de Fora, Alberto de Almeida Medeiros (foto abaixo).

A regra ? v?lida para condutores e passageiros de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos. Para Alberto, a medida acontece por as autoridades est?o preocupadas com o alto n?mero de acidentes envolvendo motociclistas. "O motivo principal est? em S?o Paulo, onde motoboys n?o respeitam o tr?nsito que j? ? agressivo e acabam se envolvendo em muitos acidentes", diz.

Foto de bonecos O problema para o motociclista, Andr? Martins, foi a falta de divulga??o da nova norma. "Foi pouco difundido, mal apresentado para toda a sociedade essas regras, mas no final creio que ? v?lido".

A falta de conhecimento n?o foi exclusividade dele. O vendedor de uma loja de acess?rios, Bruno Marques, ressalta que as d?vidas s?o gerais. "Ningu?m sabe ao certo o que mudou. N?s informamos tudo para o cliente. O pessoal n?o conhece as faixas luminosas (foto acima) que s?o como adesivos e tem d?vidas quanto ao selo do Inmetro".

As faixas s?o compradas de forma avulsa,j? o selo do inmetro ? um atestado de bom funcionamento do capacete. Andr? acredita que toda esses novos adere?os obrigat?rios deveriam vir no capacete. "A faixa devia vir j? colada e o selo protegido por um pl?stico para n?o deteriorar t?o f?cil".

Foto de bonecos Foto de bonecos Foto de bonecos

As outras normas como colete refletor para os motoboys, tarjas reflexivas nos ba?s das motos ainda est?o sem data prevista para entrar em regulamenta??o em Juiz de Fora. Segundo um agente de tr?nsito, que estava em trabalho e n?o quis se identificar, disse que eles ainda n?o t?m orienta??o para aplicar multas. "A qualquer momento podemos come?ar a autuar os motociclistas, basta receber a isntru??o, j? que resolu??o j? foi regulamentada", diz.

No Rio de Janeiro, os policiais e guardas municipais entraram em acordo com os motoboys e n?o v?o aplicar multas em janeiro, naqueles que estiverem saindo dessas regras. A a??o busca dar mais um prazo para todos eles se adaptarem.