"Bendito 13? sal?rio!"
Gratifica??o chega para salvar o cr?dito das pessoas
Economista d? dicas de como aproveitar bem o sal?rio
20/11/2003
O d?cimo terceiro foi criado para ser um adicional na renda anual do
trabalhador. Mas, infelizmente, n?o ? isso que acontece. Ao receber o
sal?rio, a maioria das pessoas precisa p?r em dia as contas ao inv?s de
aproveitar a gratifica??o para fazer uma ceia de
Natal mais farta e comprar presentes.
O ideal seria que as d?vidas n?o existissem, n?o ? mesmo? Que voc? chegasse nesse ?poca do ano com todas as presta?es pagas. Mas j? que a realidade ? diferente, "o melhor investimento ? pag?-las", aconselha o professor da p?s-gradua??o em economia da UFJF, Aloisio Marques. Principalmente, as presta?es quem t?m maior juros e multas, como ? o caso do cheque especial, com valor dos juros em torno de 8,37%.
Outro conselho, para quem se encontra nessa situa??o ? pechincar.
Procurar o credor e tentar
renegociar a d?vida. Trocando o dinheiro vivo do 13° por abono nos juros e
nas multas. O com?rcio, em geral, est? bastante aberto a conversas. Em
Juiz de Fora, h? seis anos, existe a Campanha "Fa?a as pazes com o seu
cr?dito", promovida pela C?mara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e pelo Servi?o de
Prote??o ao Cr?dito (SPC). Segundo o presidente da CDL, Vandir Domingos da Silva,
o resultado tem sido bastante positivo. O presidente explica que a pessoa
que quiser saldar seu d?bito deve ir diretamente ? loja para negociar o
pagamento e recuperar o cr?dito.
Em boa parte das lojas, o consumidor inadimplente consegue a libera??o das multas e juros, al?m dos honor?rios de escrit?rio, gasto durante a cobran?a. A renogocia??o acaba estimulando novas compras. A lojista Rita Fiorillo avalia que o retorno do cliente ? loja gira em torno de 50%. "Esta iniciativa acaba criando uma parceria entre a loja e o cliente. Ele sente que mereceu a considera??o do lojista... Que a empresa est? buscando resolver o problema dele", ressalta Rita.
Planejar ? o segredo
Depois de saldadas as contas, ? bom lembrar de fazer uma reserva para gastos
anuais como IPTU, matr?cula e material escolar, por exemplo.
A?, ent?o, o bom velhinho pode preparar o saco de presentes e sair ?s
compras. Mas, at? para curtir um dia no shopping, o legal ? planejar para
fazer o dinheiro render.
Primeiro, deve-se priorizar as necessidades. O professor Alo?sio ensina: "a pessoa faz uma lista dos objetos de desejo, dando notas de zero a dez em grau de import?ncia (racional e afetiva) e coloca na ordem do mais desejado para o menos desejado. A lista tamb?m deve levar em conta o que chamamos de no??o ecol?gica. Ou seja, avaliar se o seu desejo n?o agride os outros sistemas (social, ambiental, financeiro...), n?o extrapola limites. Para cada problema derivado do objeto de cobi?a, deduz-se um ponto". Assim, fica mais f?cil ver quais s?o as coisas que devem ser compradas primeiro.
O segundo passo ? pesquisar pre?os, marcas, vantagens. Tudo dentro do limite do cr?dito conseguido com o d?cimo terceiro, tomando cuidado para n?o se envolver em contas que pesar?o no or?amento do decorrer do ano.
Investindo no futuro
Se a pessoa n?o tiver nenhuma pretens?o ? compra que caiba no seu or?amento,
investir ? uma boa op??o. Os investimentos mais est?veis, embora pouco
lucrativos continuam sendo a poupan?a e os fundos de investimento (aplica??o
de renda fixa). A primeira rende cerca de 0,75% ao m?s, n?o ? tributada e
permite o saque a qualquer momento. "A poupan?a ? recomendada para quem vai
ter que sacar em um curto prazo", avalia o professor Aloisio Marques. J? os
fundos de investimento rendem cerca de 1,5% ao m?s, mas s?o tributados em
20% sobre o rendimento. Ou seja, o rendimento l?quido, neste caso, seria de
1,2% por m?s.
Para os mais ousados, existe o mercado de renda vari?vel, como o fundo de rendimento em a?es e o ouro. "S? deve optar pela renda vari?vel quem tem um capital extra, que n?o precise retirar de forma emergencial. Que possa esperar o melhor momento para sacar", orienta o economista. Aloisio ainda lembra que n?o ? recomend?vel comprar d?lares, pois, apesar da aparente estabilidade da moeda, ela est? sujeita ? infla??o dos EUA, fora os altos e baixos da cota??o do d?lar no mundo por raz?es diplom?ticas, pol?ticas e econ?micas. "Quanto mais tempo com o d?lar em m?os , mais se perde", ele conclui.
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