Clube do Choro de Juiz de Fora
d?cadas de dedica??o ? m?sica
e a miss?o de difundir o g?nero

Emilene Campos
28/06/2001

Este m?s, a se??o Nossos Artistas n?o destaca um ?nico profissional, mas um s?rie de m?sicos juizforanos que toca e incentiva o aprendizado de um estilo genuinamente brasileiro. ? o Clube do Choro de Juiz de Fora, movimento criado pelos integrantes do conjunto Choro e Cia e que vem sendo seguido por m?sicos juizforanos desde 1997. Hoje, o ponto de encontro do grupo s?o as rodas de choro que acontecem todos os s?bados, a partir das 18h, no Bar do Gaud?ncio (Rua Belmiro Braga, 278, Alto dos Passos). ? neste espa?o que apreciadores, compositores e int?rpretes trocam experi?ncias e formam novas parcerias.

A id?ia de cri?-lo foi inspirada na iniciativa do Clube do Choro de Bras?lia, que existe h? cerca de 20 anos. M?rcio Gomes, um dos fundadores do clube de JF, conta que a inten??o era reunir quem gostava de choro e estimular a forma??o de novos grupos. Eles s? precisavam divulgar a iniciativa entre os m?sicos e conseguir um lugar pouco badalado. Foi a? que eles encontraram o bar "Toca da Raposa" (Avenida Brasil, pr?ximo ao bairro Ladeira). Depois que o p?blico tomou conhecimento destes encontros musicais, o local tornou-se pequeno para o n?mero de admiradores.

Por isso, a turma do Clube do Choro passou a se encontrar na extinta Universidade do Chopp (Rua Moraes e Castro). Com a fal?ncia da franquia em ?mbito nacional, o grupo mais uma vez mudou de casa. ? nesse momento da hist?ria que entra o Bar do Gaud?nio.

Atualmente, 20 m?sicos fazem parte do Clube do Choro de Juiz de Fora. Flautistas, violonistas, ritmistas, cavaquinistas, bandolinista, trombonista e saxofonista se articulam a cada encontro e produzem um som ?nico. Fazem parte desta turma nomes conhecidos na noite juizforana, como Kim Ribeiro, Caz?, M?rcio Gomes, Wellington Duarte, entre outros. Em comum, algumas d?cadas de dedica??o ao choro e a miss?o de difundir o ritmo em Juiz de Fora.

O grupo est? aberto a novos integrantes. E quem pensa que no Clube do Choro n?o entra mulher est? muito enganado. Tamb?m h? espa?o para as choronas. Em Juiz de Fora, elas s?o representadas pela professora do Conservat?rio de M?sica, Denise Coimbra, e pela iniciante Fabiana.

Oficina e acervo de partituras
As atividades do grupo n?o se restringem ?s rodas de choro. A cada dois meses, o Clube promove shows com m?sicos conhecidos nacionalmente. Estas apresenta?es j? trouxeram a Juiz de Fora o Trio Madeira Brasil, Z? Paulo Becker, Dirceu Leitte, Jorge Cardoso e Henrique Cazes, entre outros nomes.

Outra iniciativa ? a Oficina do Choro, criada em parceira com a Scala Escola de M?sica ( Rua Batista de Oliveira, 797). As aulas s?o gratuitas e acontecem todas as quintas, das 18h30 ?s 21h30. O coordenador do projeto Wellington Duarte esclarece que a ?nica condi??o para fazer a oficina ? ser m?sico e ter interesse em aprender esta linguagem.

"O Clube conta ainda com um grande acervo de partituras in?ditas, que est?o ? diposi??o de quem quiser estud?-las", informa Duarte.

Grava??o de CD ? o pr?ximo passo
Entre os planos do Clube do Choro est? a grava??o do CD Chor?es Juizforanos do S?culo Passado, que inclui composi?es in?ditas do Duque Bicalho (autor do hino de Juiz de Fora), Sebasti?o Cyrino e Alfredinho do Flautin, entre outros m?sicos juizforanos que tocaram com o mestre Pixinguinha. A inten??o era iniciar o trabalho este ano, mas como o projeto n?o foi contemplado pela Lei Murilo Mendes, sua concretiza??o foi adiada.

Tem choro na rede
Para comemorar o 4? anivers?rio do movimento, o Clube do Choro lan?ou sua home-page. No endere?o http://www.clubedochorojf.com.br, est?o disponilizadas informa?es e fotos, al?m de arquivos de som.

Associa??o Clube do Choro
Outra marca da consolida??o ? o registro do Clube do Choro como associa??o, o que visa facilitar a busca por patroc?nio e capta??o de recursos junto a leis de incentivo ? cultura.


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