Fernanda Cunha

Fernanda Cunha Talento com pedigree, arte e gen?tica

Clique ao lado para ouvir Fernanda Cunha cantando Rua Vin?cius de Moraes, de autoria de Sueli Costa, sua tia, e Abel Silva. Confira no ?cone ao lado!

A velha hist?ria de que filho de peixe peixinho ? se repete. Ainda bem. E, por mais que pare?a jarg?o come?ar a contar a hist?ria de uma artista, revelando uma esp?cie de gen?tica musical, a trajet?ria de Fernanda Cunha (foto ao lado) merece, e precisa, ser relatada assim: com a ?nfase da arte correndo pelas veias. Literalmente!

Fernanda ? filha de Telma Costa, que dividiu com Chico Buarque os vocais de "Eu te amo". Para completar o "pedigree" lembremos que ? tamb?m sobrinha de Sueli Costa - um dos nomes mais conhecidos quando o assunto ? composi??o - e Lisieux Costa. A av?, Maria Aparecida Costa, era professora de piano e canto coral.

"Fiz psicologia. Eu tentei. Cheguei a trabalhar tr?s anos, mas n?o consegui fugir do destino. M?sica, apesar de ser uma atividade muito prazerosa, ? tamb?m muito inst?vel. Mas, depois que fiz o primeiro show, n?o deu. Estou assim at? hoje", brinca Fernanda.

Foi assim que essa juizforanos se rendeu ao talento e cruzou as fronteiras para mostrar o que sua m?sica tinha de diferente do que sua fam?lia havia apresentado para o Brasil. Quando questionada sobre o que ? ser filha de Telma Costa mudou e se isso ajudou na sua carreira, Fernanda foi singela: "Conviver com a m?sica delas ? fundamental".

A cantora disse que sente o carinho das pessoas com o trabalho da m?e. "As pessoas ficam felizes em saber de quem sou filha", diz. Pelas cr?ticas que recebe dos mais diversos cantos do mundo, n?o parece deixar nada a desejar.

Ultrapassando fronteiras

A carreira ? relativamente recente. Come?ou por volta de 1997. Mas j? acumula experi?ncias em palcos nos quais muita gente, que segura um microfone, desejou pisar.

Depois de temporada em espa?os conhecidos pela "sele??o de artistas" na noite carioca, como Mistura Fina, Hip?dromo Up e Vin?cius Piano Bar, Fernanda mudou para os Estados Unidos, ber?o de um estilo que a cantora faz quest?o de n?o negar affair: o jazz.

Na terra do Tio Sam, n?o s? cantou como gravou o primeiro disco. "Nada programado", explica Fernanda. A juizforanos diz que foi convidada para cantar em uma casa de shows de um brasileiro (tamb?m mineiro), e do "contrato" de um ano, acabou ficando por dois, tempo que acabou a convencendo de ir parar em um est?dio.

No primeiro ?lbum, gravado l? longe, a prova viva do bairrismo. Da banda que a acompanhou em est?dio, um brasileiro, um juizforano: o pianista M?rcio Hallack, de Juiz de Fora, foi convocado para fazer parte da trupe. No repert?rio do primeiro ?lbum, Fernanda Cunha deixou espa?os para m?sicas in?ditas e tamb?m para regrava?es, como ? o caso de "Rua Vin?cius de Moraes", de Sueli Costa e Abel Silva.

Depois foi a vez de Fernanda se lan?ar com o segundo ?lbum - "Dois cora?es" - que traz uma homenagem ? tia, Sueli Costa e a Johnny Alf (na foto com Fernanda). Al?m do repert?rio casado, Fernanda tamb?m pode contar com a participa??o dos dois em em faixas do novo trabalho.

Para o ano que vem a expectativa ? a de que a cantora volte a materializar sua arte. Ainda sem data para ser lan?ado, porque Fernanda Cunha est? produzindo o CD comemorativo de 40 anos de carreira de Sueli Costa, a id?ia do pr?ximo disco ? juntar mais uma vez ?cones da MPB em um encontro poss?vel atrav?s da voz de Fernanda. Tom Jobim e Chico Buarque vem por a?. A m?sica brasileira agradece.