A arte das ruas Atuando como uma est?tua no centro de Juiz de Fora, J?lio C?sar Ferreira encanta crian?as e apreciadores da arte
Rep?rter
21/01/2008
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O recorde dele ? ficar em p?, na mesma posi??o e sem se mexer por tr?s horas seguidas. Mas s?o a arte e a representa??o que conquistam p?blico e cr?tica. J?lio C?sar Ferreira est? h? tr?s anos nessa profiss?o e revela curiosidades de uma arte que encanta quem passa pelo Cal?ad?o da Rua Halfeld.
A f?rmula da tinta que passa no corpo ele revela, mas pede segredo. O of?cio ele
aprendeu com a ex-esposa no Rio de Janeiro e foi l? que onde ele desenvolveu suas t?cnicas. "No in?cio recebia muitas cr?ticas ou porque n?o ficava totalmente parado, ou porque olhava sempre para frente sem representar. Ser est?tua ? mais que isso, voc? tem que passar uma emo??o, ter uma express?o no rosto que cative"
, explica.
As particularidades dessa arte ele aprendeu com o tempo e h? quase um ano s? recebe elogios. Para fazer a est?tua se mexer ? s? contribuir com a arte e ajudar depositando dinheiro na caixinha. Cada ajuda arranca uma rea??o diferente
da est?tua. "Antes eu n?o sabia fazer isso, agora que domino a t?cnica
vejo que ? fundamental essa intera??o com o p?blico"
.
As crian?as adoram, muitos adultos tamb?m, alguns curiosos pedem explica?es
sobre quem J?lio est? representando. "Muitas vezes represento J?lio C?sar, o imperador de Roma. Quando h? o interesse, v?m conversar comigo e explico
a hist?ria dele, de vez em quando algu?m quer falar comigo e des?o da bancada
para falar sobre a arte"
, conta.
O olho de uma est?tua viva nunca fica totalmente fechado, ele tem que estar atento caso atraia a aten??o de algu?m. "Eu escuto tudo que os outros falam e a
maior concentra??o para n?o rir quando algu?m vem mexer comigo. Mas tem vezes
que chego at? a dormir em p?"
, revela.
Se voc? j? est? pensando em tir?-lo do s?rio, pode se preparar."Muitos
fazem piadas, gracinhas para tentar fazer com que eu ria, mas nunca conseguiram"
.
S? mesmo algumas pessoas extrapolam na brincadeira. "O que n?o gosto
? de mulheres que chegam me apertam, passam a m?o para ver se tinta sai. Isso
tira a concentra??o"
, conta.
E J?lio exemplifica com um caso de quem passou dos limites. "Uma mulher chegou e levantou minha
fantasia para saber o que tinha embaixo. Eu uso bermuda jeans, mas foi um desrespeito
e at? falei com um policial"
, recorda.
Al?m de se apresentar nas ruas da cidade, onde chega a faturar R$ 100* por dia,
J?lio C?sar tamb?m se apresenta em formaturas e eventos. Mas quem quiser v?-lo no cal?ad?o deve se apressar. "Eu vou fazer a est?tua
s? at? julho, agora vou ser empres?rio e trabalhar na ?rea de alimenta??o.
Vou abrir uma lanchonete como eu sempre quis, mas vou continuar me apresentando em eventos fechados"
,
diz.
A valoriza??o de sua arte acontece mais nos grande centro. J?lio conta que j? foi convidado para v?rios programas de entrevistas e j? participou
inclusive de filmes. "S? nos grandes centros temos um reconhecimento. Em Juiz
de Fora, sou ? ?nico a fazer esse tipo de trabalho"
, afirma.
J?lio aconselha que ningu?m tente fazer a tinta cinza que tem todo um
processo especial de montagem. "A maquiagem fica at? o dia inteiro no meu corpo, n?o sai f?cil, mas n?o posso deixar voc? divulgar. J? teve caso
de gente que tentou fazer, mas errou na m?o e teve problemas de sa?de"
, conta. O certo ? que nada tem a ver com tintas convencionais ou guache.
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