Fabiano de Mendonça Bittar

Ludmila Gusman
16/05/02

Seu desempenho nas quadras mostra que essa tarefa n?o ser? das mais dif?ceis. O atacante ? o maior pontuador da Super Liga Nacional, com 337 pontos, 70 a mais que o segundo colocado e 80 a mais que Giovane G?vio, na terceira coloca??o. N?o foi ? toa que ele deixou a Faculdade de Fisioterapia, em S?o Paulo, para ingressar no esporte que despertou sua paix?o aos 14 anos de idade. Em entrevista ao JFService, por telefone, Tuba afirma que n?o se arrepende da op??o."Estou muito feliz, integrando um grupo seleto de atletas que sempre admirei desde moleque e tendo contato com um t?cnico de alto escal?o que ? o Bernardinho. Quero dar o melhor de mim", diz.

Tudo come?ou no Granbery
A hist?ria do atleta teve in?cio no Instituto Granbery (R. Batista de Oliveira, 1145), em 1994. Durante dois anos ele se dedicou ao esporte no Col?gio, sempre orientado pelo t?cnico e professor de Educa??o F?sica, Evandro de Carvalho Pinheiro. Em seguida, surgiu a oportunidade de participar do teste para integrar a sele??o do Basnespa/SP, onde foi aprovado, concorrendo com dois mil candidatos. Ap?s quatro anos no time, Tuba passou a defender o Shopping ABC, de Santo Andr?, e agora se prepara para vestir a camisa do Clube Uni-Sul, em Santa Catarina. Ansioso pela oportunidade de integrar a Sele??o na Copa It?lia, em que ser?o escolhidos dois jogadores do grupo que ele participa, Tuba diz estar disposto a conquistar seu espa?o. ?Ainda n?o sei se vou ser o escolhido, mas estou fazendo a minha parte?, comenta.

Um pouco de cada esporte
Antes do v?lei, Tuba praticava outros esportes como handbol, futebol de sal?o e basquete. Segundo ele, a iniciativa de optar por jogar nas quadras surgiu por acaso. ?Comecei a treinar e n?o parei mais. Fui conciliando com algumas atividades que fazia, at? que passei a dedicar mais tempo para treinar s? v?lei", conta.

O pai de Tuba, Marcos Bittar, lembra que por causa dos esportes o filho n?o ia bem nos estudos. "Tive que conversar com ele e decidimos que optasse apenas por uma atividade e o v?lei foi o escolhido", diz. Marcos orgulha-se ao revelar que o filho sempre trouxe muitas medalhas para casa. "At? mesmo nos outros esportes ele sempre ganhava em tudo", revela. Tuba diz que o segredo para subir na carreira ? ser disciplinado, treinar muito e principalmente gostar do que faz. ?Foi dessa forma que cheguei at? aqui. Agora, quero trabalhar para manter os resultados que obtive. Sou novo ainda e estou come?ando, tenho muito que aprender. No momento, quero pensar na sele??o e investir mais em mim".

Maratona
Apesar de tantas gl?rias, o atleta confessa que n?o foi nada f?cil chegar at? aqui. Tuba acorda ?s 7h, toma o caf? e ?s 7h30 come?a os treinamentos, na praia do Leme no Rio de Janeiro at? ?s 11h. Almo?a, descansa e a partir das 16h inicia outra bateria de treinamentos at? ?s 18h30. Para falar com a fam?lia s? mesmo ligando ? noite. "Costumo ir a Juiz de Fora uma vez por m?s, mas agora vai ser mais complicado. Estou programando minha ida de quatro em quatro meses", comenta.

Alimenta??o equilibrada
Al?m de arrumar um tempinho para ficar com a fam?lia, outro cuidado ? quanto ? alimenta??o. Nada de gorduras e doces. Para garantir a boa forma distribu?da em dois metros de altura e 95 Kg, Tuba recebe a orienta??o de uma nutricionista que organiza o card?pio com muitos legumes, frutas e o suficiente para repor as energias. ?Tomo cuidado para n?o deixar de comer, antes dos treinos e depois dele, mas sempre com muita modera??o?.

?dolos e parceiros
Todas as dicas para alcan?ar o sucesso, segundo Tuba, s?o dos seus ?dolos, tamb?m juizforanos, Giovane G?vio e Andr? Nascimento. Ele conta que os companheiros est?o sempre dispostos a orientar os mais novos nos lances durante o treino. ?Eu sempre tive o Giovane como uma pessoa s?ria, algu?m com quem eu me identificava. Agora, estou tendo a oportunidade de criar um v?nculo maior com ele e com os outros atletas, atrav?s de conversas e orienta?es", diz. Tuba j? teve a oportunidade de atuar ao lado de Andr? Nascimento, antes do convite de Bernardinho e revela que durante sua trajet?ria no Granbery tamb?m sempre teve admira??o por Marcelo Negr?o. Ele acredita que os atletas de Juiz de Fora precisam ser mais valorizados e que a cidade tem tudo para ter grandes nomes no esporte. Para isso, basta incentivo e oportunidades.