SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Militar afirma que reforçou o esquema de segurança para o jogo entre Ponte Preta e Cruzeiro, na noite desta quarta-feira (28), em Campinas, pela Série B do Campeonato Brasileiro. De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo, 214 policiais irão acompanhar a chegada e a saída de torcedores do Estádio Moisés Lucarelli, incluindo agentes do 3º Batalhão de Choque.
A medida foi tomada após 14 torcedores ficarem feridos, dos quais quatro a tiros, em uma briga entre as torcidas organizadas Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, e Máfia Azul, do Cruzeiro, na manhã desta quarta, na rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais.
As forças policiais temem que torcedores paulistas tentem se vingar dos mineiros em Campinas.
Um torcedor do Palmeiras permanecia internado em estado grave, com lesão pulmonar, em uma unidade de saúde na cidade mineira de Divinópolis. Os demais feridos foram medicados e liberados ainda nesta quarta.
A Polícia Militar Rodoviária também reforçou o policiamento para evitar eventuais confrontos entre torcedores.
A briga entre as torcidas organizadas ocorreu na altura do km 592 da Fernão Dias (BR-381), na região de Carmópolis de Minas.
A Arteris, responsável pela administração da rodovia, disse que registrou a briga de torcidas, por volta das 10h30, no sentido Belo Horizonte.
Para garantir a segurança de motoristas, o trecho foi totalmente interditado, com apoio da PRF, gerando 3,5 km de congestionamento. A pista foi liberada por volta do meio-dia, e o tráfego foi normalizado cerca de meia hora depois, acrescentou a concessionária.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o presidente da Mancha Verde, Jorge Luis Sampaio Santos, 39, sangrando, caído no asfalto, rodeado por torcedores do Cruzeiro. Ele está aparentemente desnorteado.
Em outras imagens, o presidente da organizada paulista aparece andando com dificuldade, quando é derrubado com uma voadora, desferida por um homem usando roupas da organizada de Minas Gerais. Nas imagens é possível ver integrantes da Máfia Azul segurando pedaços de pau, barras de ferro e até um facão.
Nas redes sociais, a Máfia Azul afirmou ter ocorrido um "fato lamentável" em que precisou "agir em legítima defesa" com o intuito de "defender a integridade de todos [torcedores]" que rumavam para Campinas.
A reportagem não localizou nenhum porta-voz das torcidas organizadas.
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