SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um vídeo que circula as redes sociais mostra um agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) cortando uma grade para ajudar caminhoneiros bolsonaristas terem acesso a uma área. Em coletiva, diretores da PRF confirmaram que investigam três casos desse tipo.
No Twitter, é apontado que a filmagem do agente cortando a grade aconteceu perto do aeroporto internacional de Guarulhos, mas o aeroporto nega que a ocorrência tenha sido lá. No vídeo, dois agentes trajados com o uniforme da PRF apenas assistem enquanto o outro danifica a grade.
Segundo a corregedoria, serão abertos procedimentos internos para apurar qual foi a atuação dos policiais, e eles poderão responder a medidas administrativas. "Não vai haver nenhum tipo de omissão da PRF", disse.
Os policiais identificados, no entanto, não foram afastados e seguem atuantes.
OUTRO VÍDEO
Em outra filmagem repassada em redes sociais, o PRF Ricardo Torres aparece dizendo que recebeu uma ordem (supostamente para desocupar a estrada) e pede aos caminhoneiros: "O que é que eu faço da vida? O que vocês me orientam para a gente interagir e encontrar a melhor solução, para que a gente consiga não sair com ninguém machucado, ninguém preso, ou que prejudique o meu trabalho". O caso ocorreu em Blumenau, Santa Catarina.
PONTOS DE INTERDIÇÃO
Em coletiva hoje mais cedo, a PRF informou que há 267 pontos de interdição ativos nas estradas federais de todo o país, com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), liderados por defensores de golpe de Estado que não aceitam o resultado das eleições, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A corporação informou que o estado com mais interdições é Santa Catarina, seguido por Pará e Mato Grosso, e que a Polícia Federal, a Força Nacional e a Polícia Militar foram mobilizadas para ajudar a liberar as rodovias.
A PRF disse ainda que desde segunda-feira (31), após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), foram aplicadas 182 multas administrativas entre os golpistas. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, determinou que a PRF e as polícias militares dos estados desbloqueassem as rodovias.
Ele ordenou que fossem tomadas "todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do poder Executivo federal e dos poderes Executivos estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido".
Moraes estipulou para diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, uma multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo, caso a ordem fosse descumprida. Vasques não participou da coletiva desta terça (1º).
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