SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O torcedor da Ferrari está acostumado a ver o carro vermelho passar bem rápido. Mas desta vez houve uma parada forçada e inesperada dos equipamentos diante de protestos golpistas de bolsonaristas e caminhoneiros.

Logo após deixarem o aeroporto de Viracopos, em Campinas (a 93 km de São Paulo), na manhã desta terça-feira (1º), ao menos quatro carretas com equipamentos da Ferrari e da Fórmula 1 pararam nos protestos antidemocráticos que se espalham pelas rodovias brasileiras, após a vitória do presidente eleitor Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL).

O equipamento da equipe de Maranello chegou ao país para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 depois da disputa da etapa do México, no último fim de semana. E só foi liberado na rodovia Santos Dumont, logo após a saída do aeroporto, depois de intervenção da Polícia Militar Rodoviária, de acordo com a assessoria de imprensa da corrida brasileira.

As carretas entraram em Interlagos pouco antes do meio-dia, também segundo a assessoria.

Questionada, a Polícia Militar Rodoviária não respondeu até a publicação desta reportagem sobre como conseguiu liberar as carretas da Ferrari.

O GP Brasil acontece entre os dias 11 e 13 de novembro, no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

O primeiro avião com equipamentos da F1 pousou em Viracopos às 23h27 de segunda. Já o segundo voo pousou às 4h20 da madrugada desta terça-feira.

O próximo comboio da Fórmula 1 rumo a Interlagos está programado para às 22h desta terça.

Ao todo, serão aproximadamente 700 toneladas transportadas por oito aeronaves Boeing do México para o aeroporto campineiro, conforme informações de Viracopos.

Segundo a CCR AutoBan, concessionária que administra as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, às 16h30 desta terça havia ao menos três pontos de bloqueios nas duas estradas, entre Campinas e São Paulo, nos sentidos capital e interior.

De acordo com a Polícia Militar, por volta das 17h havia 21 rodovias estaduais interditadas em São Paulo e outras 131 parcialmente com interdições.

Desde segunda-feira (31), por causa da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), incluindo caminhoneiros, fazem bloqueios ou aglomerações em vias de estados e do Distrito Federal, segundo a PRF. Os manifestantes pedem um golpe.


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