SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após 72 dias, o acampamento de manifestantes golpistas instalado em frente ao Círculo Militar, no Ibirapuera, em São Paulo, começa a ser desmontando na manhã desta segunda-feira (9).

Cumprindo ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Militar do estado faz a retirada dos golpistas.

A ordem da PM é para que a via seja totalmente desobstruída até as 12h. Os acampados aceitaram os termos sem ressalvas, mas muitos reclamam e gritam contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os Poderes da República.

Maria Rosa Ferreira, 64, presente no local desde o primeiro dia de ocupação, aguardava um carreto para levar objetos que ela e o marido mantinham em uma barraca de lona.

"Colchão, comida, cobertores, tínhamos tudo. Uma sacanagem essa ordem do careca [Alexandre de Moraes]. Não podemos mais protestar pelo nosso país?", diz.

A reportagem questionou Ferreira e outros manifestantes golpistas que deixavam o espaço sobre como se mantiveram durante esse período de mais de dois meses, se houve financiamento, mas todos se negaram a responder às perguntas.

Seis viaturas da polícia patrulham o local. Apenas veículos que farão a retirada dos acampados e de seus objetos podem circular pela via.

A ordem de Moraes é uma resposta aos atos golpistas e de vandalismo que ocorreram neste domingo (8) em Brasília.

No Distrito Federal, a PM e a Polícia do Exército iniciaram na manhã desta segunda o esvaziamento da área do quartel-general do Exército em Brasília, ocupada por golpistas. De acordo com o Ministério da Justiça, cerca de 1.200 bolsonaristas haviam sido detidos até as 7h.


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