SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cientistas descobriram na última semana mais 12 luas orbitando Júpiter. Com a adição, o gigante do sistema solar retoma a dianteira sobre Saturno, que liderava até o momento com 83 corpos celestes em sua órbita.

Estima-se que os satélites sejam pequenos, com 1 a 3 quilômetros de diâmetro. Eles são da classe de luas irregulares de Júpiter. Isso porque, enquanto o planeta e suas luas regulares -Io, Europa, Ganimedes e Calisto- orbitam no sentido anti-horário, esses corpos celestes vão no sentido contrário.

A observação foi feita por uma equipe de astrônomos do Carnegie Institution, liderada por Scott Sheppard. Eles também foram os responsáveis pela descoberta, em 2019, de 20 luas em Saturno, que "venceu" Júpiter.

As 12 luas foram observadas em 2021 e confirmadas em janeiro deste ano. Segundo Fernando Roig, doutor em astronomia do Observatório Nacional, o processo demora mais tempo porque é preciso confirmar sua trajetória para a classificação correta.

"Quando você observa um objeto pela primeira vez, vê um pouco de luz que se move na imagem, mas não consegue determinar bem sua trajetória. Então, precisa ver em diferentes pontos para confirmar o que é", afirma.

Ainda, as luas descobertas estão em uma órbita mais externa em relação ao planeta. As hipóteses para sua formação são a colisão de objetos no espaço ou a captura, pelo campo gravitacional de Júpiter, de corpos como os centauros, corpos celestes pequenos localizados entre as órbitas do gigante gasoso e de Netuno.

Isoladas, as luas irregulares não devem ter interesse astrofísico para exploração, segundo Roig. Porém um olhar para elas como grupo ajuda a entender de onde vieram ou como se formaram.

Já a lua Europa está no radar das agências espaciais. Uma das missões é a Europa Clipper, da Nasa, agência espacial americana, que deve fazer sobrevoos próximos do satélite, com previsão de lançamento em 2024.

A nave Juice (Explorador das Luas Geladas de Júpiter), por sua vez, deve estudar Calisto e Ganimedes, além da Europa, e deve ser lançada ainda neste ano.

Io, por sua vez, é uma lua "explosiva", e intrigou cientistas por causa de erupções diferentes que vêm ocorrendo. Ela deve ser observada pela sonda espacial Juno da Nasa, que orbita Júpiter desde 2016 e deve voar a poucas centenas de quilômetros da lua em dezembro.

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Divulgação - Cientistas descobrem mais 12 luas em Júpiter, e planeta supera Saturno

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