BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A PRF (Polícia Rodoviária Federal) nomeou, nesta segunda-feira (13), Vitor Almada da Costa para o cargo de superintendente no Rio de Janeiro. Ele é irmão do chefe da PF (Polícia Federal) no mesmo estado, Leandro Almada.
O delegado Leandro Almada foi nomeado no dia 18 de janeiro, há mais de 50 dias. Ele está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A PRF ainda não se manifestou sobre o assunto.
Outro nome publicado é o de Kellen Arthur Nogueira para chefiar a corporação em Mato Grosso. Ele já ocupou o cargo e foi candidato ao Governo de Mato Grosso, em 2018, mas perdeu a eleição. A candidatura foi pela Rede.
A PRF nomeou nesta segunda os 27 superintendentes nos estados e no Distrito Federal. A corporação já trabalhava há mais de 50 dias com superintendentes substitutos nas unidades da Federação por falta de nomeação de novos titulares.
São 25 homens e somente duas mulheres --Liege Lorenzett Vieira no Acre e Luciana da Silva Alves em Rondônia.
Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que a escolha dos novos superintendentes seguiu a orientação dele de que as nomeações na PRF, a exemplo da Polícia Federal, devem atender a critérios técnicos.
Além de uma avaliação jurídica, processo que inclui uma apuração prévia da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o governo fez um pente-fino político nas indicações chamado de análise de conveniência e oportunidade. De acordo com integrantes do Executivo, não houve restrições por razões políticas.
Os nomes dos policiais rodoviários indicados para ocupar os cargos de chefia foram encaminhados para o Palácio do Planalto ainda em janeiro, segundo nota da corporação.
No dia 18 daquele mês, o governo dispensou 26 superintendentes de uma só vez. A suspensão do 27º, o do Piauí, ocorreu dois dias depois. Os postos foram assumidos interinamente pelos superintendentes substitutos, também nomeados pelo governo Bolsonaro.
Quadros das superintendências regionais disseram à reportagem que a demora gerou desgastes para o serviço da corporação nos estados. Há remoção de servidores suspensa e o planejamento de longo prazo não estava ocorrendo.
O superintendente interino de Santa Catarina, Alberto Araripe Guesser, por exemplo, precisou fazer nomeação dos novos secretários do Colegiado Especial das Juntas Administrativas de Recursos de Infrações daquele estado.
Como é um cargo com mandato, a escolha dos integrantes do colegiado não poderia esperar a nomeação do novo superintendente para resolver a situação.
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