SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Setenta armas do empresário Thiago Brennand, 42, foram apreendidas nesta sexta-feira (17) pela Polícia Civil de São Paulo. De acordo com o delegado José Eduardo Jorge, do 15º DP, (Itaim Bibi), a apreensão foi realizada nesta manhã em Atibaia, interior de São Paulo, e a entrega das armas foi acertada com Eduardo Cesar Leite, advogado do empresário.
Acusado de crimes sexuais, Brennand é considerado foragido pela Justiça e, por isso, teve o registro do CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) suspenso ainda no ano passado. Ele responde a seis denúncias do Ministério Público e quatro pedidos de prisão preventiva.
Em vídeos postados nas redes sociais, Brennand sempre negou as acusações. Procurado, Leite não se manifestou até a publicação da reportagem.
O empresário ficou conhecido após agredir, em agosto de 2022, a modelo Alliny Helena Gomes, 37, durante discussão em uma academia de ginástica na zona oeste de São Paulo. A defesa que o representou no caso afirmou que ele compareceu espontaneamente para prestar esclarecimentos às autoridades e disse que os vídeos mostram que os ataques verbais foram iniciados por ela.
Ele já teve a prisão decretada por lesão corporal e corrupção de menores --segundo a Promotoria, teria incentivado o filho adolescente a ofender a modelo. Horas antes de o Ministério Público apresentar a denúncia, porém, ele viajou para os Emirados Árabes Unidos.
Por isso, foi considerado foragido e teve seu nome incluído na lista da Interpol. Acabou detido em Abu Dhabi em outubro, mas pagou a fiança e responde o processo de extradição em liberdade. Procurado, o Itamaraty afirmou por meio de nota que casos de extradição são de responsabilidade do juízo no qual se origina o processo.
O órgão diz que apresentou, ainda em 2022, o pedido formal de extradição de Brennand aos Emirados Árabes Unidos. "O governo emirático solicitou documentação complementar para análise do caso, que já lhe foi encaminhada pelo Ministério das Relações Exteriores, em coordenação com o MJSP [Ministério da Justiça e da Segurança Pública]. No momento, a referida documentação encontra-se em análise pelas autoridades emiráticas competentes", diz.
Brennand trocou diversas vezes de advogados desde o início das denúncias. No início, foi representado pelo escritório Cavalcanti e Sion. Depois, passou a ser representado pelo advogado Ricardo Sayeg, que deixou o caso no início deste ano.
Agora, ele segue com o advogado Eduardo Leite, que não respondeu ao contato da reportagem.
Relembre os 4 pedidos de prisão preventiva de Thiago Brennand Após a acusação de agressão a modelo Alliny Helena Gomes, Brennand deixou o Brasil em 4 de setembro, horas antes da denúncia do Ministério Público. O órgão determinou que ele retornasse ao Brasil até 23 de setembro e entregasse o passaporte. Como não cumpriu a medida, Brennand teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de setembro e tornou-se foragido. A viagem inicialmente foi para para Dubai, nos Emirados Árabes.
Logo depois, a Justiça decretou uma nova prisão contra Brennand, sob a acusação de tatuar à força e manter em cárcere privado uma mulher em Porto Feliz, no interior de São Paulo.
No dia 7 de novembro, Brennand teve a terceira prisão preventiva decretada pela Justiça. Na ocasião, os promotores Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Júnior apresentaram denúncia contra ele por suspeita de estupro que teria ocorrido também em Porto Feliz.
No dia 6 de março, ele teve a prisão preventiva decretada após a denúncia da miss e estudante de medicina Stefanie Cohen. Ela afirma que foi estuprada por Brennand em 2021.
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