SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil iniciou uma operação na manhã desta terça-feira (28) com objetivo de prender suspeitos de comprar celulares furtados ou roubados pela quadrilha conhecida como quebra-vidro. Os mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos na região da cracolândia, no centro de São Paulo.

A ação foi desencadeada como parte de uma investigação conduzida por equipes do 27° DP (Campo Belo), na zona sul de São Paulo. A apuração durou cerca de um ano.

Por volta das 8h30, a Polícia Civil informou ter capturado um dos procurados. Ele estava em um imóvel nas imediações da praça Júlio Mesquita.

No mesmo horário, policiais apreenderam diversos aparelhos em uma loja na avenida Rangel Pestana, no Brás. O estabelecimento seria de um dos procurados na ação.

Segundo a corporação, a dinâmica da organização funciona da seguinte maneira: ladrões espalhados pela capital são responsáveis por atacar motoristas parados em semáforos ou no trânsito ?por isso o nome quebra-vidro.

Com os aparelhos em mãos, eles já sabem para quem vender, acionando os compradores por meio de aplicativos de mensagem. Já na região da cracolândia, os aparelhos são desbloqueados e revendidos no país ou encaminhados para o exterior.

A Polícia Civil havia solicitado a prisão de 34 suspeitos de integrar a quadrilha. No entanto, a Justiça decretou a prisão preventiva de cinco pessoas, sendo quatro de origem senegalesa e um chileno. Elas devem responder pelos crimes de organização criminosa e receptação.

Foram autorizadas, ainda, 34 ações de busca e apreensão em diversos endereços, sendo 29 deles no centro, 2 nas zonas leste e oeste, e 1 na zona sul.

A polícia chegou aos suspeitos após cumprir 60 mandados de busca e apreensão entre maio e junho do ano passado.

A atuação da quadrilha entrou na mira da polícia em meio a investigações de três ladrões de celulares que agiam no entorno da avenida dos Bandeirantes, na zona sul, importante via de ligação entre a marginal Pinheiros e a rodovia dos Imigrantes.

Com base nas apurações contra esse trio, a polícia chegou a um suspeito cujos celulares acabaram apreendidos. De um dos aparelhos foram extraídas conversas sobre um grupo no WhatsApp, formado em grande parte por senegaleses, em que o objetivo era a negociação de aparelhos furtados ou roubados.

Um dos alvos dos pedidos de prisão está no Brasil desde 2017. Ele chegou a ficar detido por cinco dias no ano passado, mas sua prisão não foi prorrogada e ele acabou sendo colocado em liberdade.

Para a Polícia Civil, a quadrilha é responsável por comprar cerca de 80% dos celulares furtados pela quadrilha quebra-vidro.


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