SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Desde esta sexta-feira (31), 160 agentes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) passaram a usar câmeras acopladas nos uniformes. O número, de acordo com a estatal do governo paulista, representa 25% do efetivo próprio de segurança da empresa.

As câmeras, que ficam ligadas o tempo todo, porém, só gravam quando quando o agente observar uma situação que traga riscos a passageiros, colaboradores ou ao patrimônio da empresa, conforme informado nesta sexta, durante evento na estação Aeroporto-Guarulhos, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para comemorar os cinco anos da linha 13-jade da CPTM.

Segundo Pedro Moro, presidente da estatal, a decisão para gravar apenas quando o equipamento é acionado foi tomada porque o uso das câmeras ainda está em testes. "A opção é para aprimorar o sistema de segurança e poderá ser estendido para gravação o tempo inteiro."

A restrição nas filmagens também ocorre, de acordo com o executivo, porque agentes fazem rondas em áreas de circulação restrita da CPTM e a empresa não quer expor esses locais.

No evento desta sexta, a CPTM exibiu um vídeo em que um agente alerta um usuário sentado no chão de um trem que vai ligar a câmera e pede para ele se levantar.

Os seguranças, diz a companhia de trens, passaram por treinamento para uso dos dispositivos eletrônicos.

A licitação para a compra das câmeras contemplou a aquisição de 12 estações para baixar as imagens. Elas serão transferidas ao fim do turno de serviço ou após uma ocorrência gravada.

A aquisição dos equipamentos custou R$ 421 mil. O edital para intenção de compra foi publicado em maio do ano passado.

Na época da publicação do edital, a CPTM disse que com as câmeras corporais seria possível ter acesso à filmagem completa de uma ocorrência sob o ponto de vista do agente, com informações mais precisas para auxiliar investigações policiais.

"As câmeras trarão mais segurança para os agentes trabalharem. É um ganho para toda a sociedade", afirmou Pedro Moro, dizendo que elas serão usadas em todas as linhas da CPTM.

No Metrô de São Paulo, seguranças já usam o equipamento de filmagem desde agosto de 2020. Na época, foram compradas 350 câmeras, ao custo de R$ 400 milhões.

Desde 2019, parte dos policiais militares também usa câmeras acopladas nos uniformes.

Durante a campanha eleitoral ao governo estadual, o então candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a dizer que iria retirar a obrigatoriedade de policiais terem uma câmera nas fardas, mas depois recuou.

Logo após a posse, o secretário da Segurança Pública, o PM da reserva Guilherme Derrite, disse em entrevista que o governo iria rever as câmeras corporais da Policia Militar. No dia seguinte, porém, afirmou que sua fala havia sido distorcida e que o "Programa Olho Vivo" seria mantido.

A implantação da tecnologia teve resultados positivos na redução das mortes de suspeitos e de policiais e se tornou um novo meio de coleta de provas.


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