RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Uma mulher apontada pela Polícia Civil como uma das maiores ladras de celulares da zona sul do Rio de Janeiro foi presa no último sábado (1º). Segundo as investigações, Bruna Rayalla enganava as vítimas, principalmente turistas, oferecendo programas sexuais para levar aparelhos e carteiras.

A polícia não soube informar se a suspeita possui advogado. Procurada, a Defensoria Pública, que já representou Bruna em outras prisões, não se manifestou.

Monitorada pelos agentes havia duas semanas, ela foi presa em São Cristóvão, na zona norte do Rio, em cumprimento de um mandado de prisão temporária. A mulher estava na Quinta da Boa Vista, em um ponto conhecido de prostituição.

De acordo com a polícia, Bruna se aproximava das vítimas de forma amigável, com danças e brincadeiras, ou com a proposta de programas sexuais. A conduta descontraída seria usada para distrair os clientes e realizar os furtos.

Os agentes analisaram câmeras de segurança que flagraram como a mulher abordava as vítimas. Em uma das gravações, Bruna aparece falando com um homem que estava com o celular na mão. Em seguida, ele guarda o aparelho no bolso, e ela começa a encostar o corpo no da vítima. Quando ele se distrai, ela pega o telefone no bolso, sem que o homem perceba. Depois, ela vai embora com tranquilidade.

Um outro vídeo mostra quando Bruna, aparentemente brincando e dançando, aborda um casal. E, sem que o homem perceba, ela pega o celular dele. Desta vez, um comparsa da mulher chega de carro e ambos vão embora.

Em outra ocasião, ela aborda um homem na porta de um prédio e puxa o telefone da mão da vítima, repassando o aparelho para outra mulher.

No sistema da Polícia Civil consta que Bruna pratica os furtos há mais de dez anos, com dezenas de registros de ocorrência, sempre da mesma forma. Ela foi detida sete vezes e ficou presa entre 2014 e 2017.

Segundo as investigações, a mulher também estaria envolvida em uma quadrilha responsável por roubos cometidos com arma de fogo, estiletes, facas e pedaços de madeira. Em um dos assaltos, de acordo com a polícia, ela e dois comparsas teriam abordado casais que estavam sentados na praia de Copacabana e levado os pertences.

Ela também é investigada por suspeita de extorquir dinheiro de clientes e de outras mulheres que queriam utilizar determinados locais para programas sexuais. A investigação apontou que Bruna atuava principalmente em áreas de prostituição das zonas sul, norte e centro da cidade.

A Polícia Civil informou que os supostos comparsas de Bruna, com quem praticava os furtos e assaltos, já foram reconhecidos e serão ouvidos. As investigações estão em andamento na 13ª DP (Ipanema) e tentarão, ainda, identificar o receptador dos telefones celulares furtados e roubados.


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