SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um ataque a uma creche no bairro Velha, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, deixou quatro crianças mortas na manhã desta quarta (5). Outras vítimas foram encaminhadas a hospitais para atendimento. O autor do episódio é um homem de 25 anos.

O caso se soma a outros. Na segunda-feira passada (27), um adolescente esfaqueou professores e colegas na escola estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da cidade de São Paulo.

Abaixo, veja mais detalhes sobre esse caso e relembre outros episódios semelhantes.

SÃO PAULO (SP)

O ataque foi feito por um adolescente de 13 anos na escola estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo. Ele atacou com facadas e deixou Elisabeth Tenreiro, professora de ciências, morta após ter sido golpeada pelas costas. Outras três professoras e dois colegas ficaram feridos.

O adolescente, que é aluno do 8º ano do ensino fundamental na escola, foi apreendido e levado a uma unidade da Fundação Casa no Complexo Brás, no centro da capital paulista.

Segundo a advogada Rafaela Dantas, que representa o menor, o adolescente estava assustado. "Ele é uma criança e não entende exatamente os efeitos jurídicos de sua conduta. Ele não queria estar na Fundação Casa", afirmou Dantas.

ARACRUZ (ES)

Ataques a tiros em duas escolas, uma pública e uma particular, em Aracruz, no Espírito Santo, deixaram três mortos e 11 feridos em 25 de novembro de 2022.

Os ataques foram registrados nas escolas Primo Bitti e Centro Educacional Praia de Coqueiral, ambas na mesma avenida no município de 104 mil habitantes no interior capixaba.

Um ex-aluno de 16 anos, transferido em junho da escola estadual e filho de policial militar, foi apreendido como suspeito de cometer o crime. Materiais com a suástica, símbolo nazista, foram recolhidos em sua casa.

SOBRAL (CE) - OUT.2022

Um adolescente de 15 anos foi apreendido suspeito de atirar em três colegas dentro da escola estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral (a 240 km de Fortaleza). Uma das vítimas foi atingida na cabeça. As outras ficaram feridas na perna e de raspão na cabeça.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social no Ceará disse que a arma utilizada no crime estava registrada em nome de um CAC (Colecionador, Atirador e Caçador).

Inicialmente, a polícia declarou que a arma pertencia ao pai do adolescente, que havia afirmado isso em depoimento. Mas, ao checar informações, descobriu-se que ela pertence a uma terceira pessoa, cuja relação com o jovem não foi informada.

O adolescente teria contado à polícia que sofria bullying na escola e, devido a isso, teria premeditado o ataque.

BARREIRAS (BA) - SET.2022

Um adolescente de 14 anos usando um revólver e armas brancas invadiu uma escola, atirou contra estudantes e matou uma aluna no dia 26, na cidade de Barreiras, a 875 km de Salvador. A vítima tinha 19 anos, era aluna do colégio e cadeirante. O autor do disparos também estudava no local.

Antes do ataque, o adolescente disse uma rede social o que faria. "Irá acontecer daqui quatro horas e eu estou bem de boa. Estou tão calmo, nem parece que irei aparecer em todos os jornais", afirmou o no Twitter.

Dias antes, o garoto havia publicado uma carta de despedida e postado mensagens em que disse que "o dia do massacre está chegando" e dava a entender que estaria morto nos próximos dias.

Na tentativa de fuga, o autor dos disparos foi atingido por um tiro que partiu de uma outra pessoa e acabou socorrido.

RIO DE JANEIRO - MAI.2022

Três adolescentes foram esfaqueados em uma escola municipal na Ilha do Governador, zona norte do Rio, em 6 de maio. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, um menino e duas meninas com idades entre 13 e 14 anos tiveram ferimentos leves.

De acordo com a pasta, os jovens da Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes foram feridos por um outro estudante. Na época, o prefeito Eduardo Paes (PSD) disse que o jovem de 14 anos apresentava problemas psicológicos e comportamento agressivo.

SAUDADES (SC) - MAI.2021

Um adolescente de 18 anos matou cinco pessoas e feriu outras duas após invadir uma escola infantil no município de Saudades, a 67 km de Chapecó, na manhã do dia 4.

O jovem teria entrado com uma arma semelhante a um facão, invadido uma classe e golpeado professores e alunos. Em seguida, de acordo com os relatos, ele cortou o próprio pescoço e se feriu no abdômen e no tórax.

Uma professora e dois alunos morreram no local. Outra mulher e mais duas crianças tiveram lesões graves e foram encaminhadas a um hospital, segundo a PM. A mulher e uma das crianças também morreram.

As três crianças mortas tinham menos de dois anos.

CARAÍ (MG) - NOV.2019

Um estudante de 17 anos armado com um facão e uma garrucha (arma de cano curto) feriu dois colegas no dia 7 em Caraí, no interior de Minas Gerais, a 543 km de Belo Horizonte.

O crime aconteceu por volta de 8h na escola estadual Orlando Tavares, que fica no distrito de Ponto de Marambaia, na zona rural da cidade.

De acordo com a Polícia Militar, o estudante, que cursa o 3º ano do ensino médio e acabou detido, pulou o muro da escola e invadiu uma das salas de aula, onde desferiu golpes contra os colegas.

Um dos estudantes foi atingido por um tiro no pescoço e o outro foi ferido com golpes de facão nos braços. As duas vítimas foram socorridas.

SÃO PAULO (SP) - SET.2019

Um estudante de 14 anos esfaqueou um professor e, na sequência, desferiu contra si uma facada nas dependências do CEU (Centro Educacional Unificado) Aricanduva, na zona leste da capital paulista, em 19 de setembro.

As facadas causaram ferimentos na região do abdômen da vítima e do agressor, que era apontada como bom aluno e discreto. Ambos foram socorridos.

Testemunhas disseram à polícia que o adolescente escondeu a faca debaixo da manga de sua camiseta. Ele aproveitou a troca de aulas, esfaqueou o professor numa sala, retornou ao espaço onde estudava e desferiu uma facada contra si. O ataque causou pânico e correria entre alunos e professores.

SUZANO (SP) - MAR.2019

Em 13 de março de 2019, dois ex-alunos invadiram a escola Professor Raul Brasil, tradicional colégio estadual de Suzano, na região metropolitana, e mataram cinco alunos e duas funcionárias, além do tio de um dos atiradores.

Antes de irem à escola, Luiz Henrique de Castro e Guilherme Taucci Monteiro foram a um lava a jato, às 9h30, e atiraram no proprietário, que era tio de Guilherme e teria descoberto o plano da dupla. Eles, então, entraram em um carro alugado e foram até o colégio, na mesma rua, onde chegaram por volta das 9h40.

Vestido de preto, usando um lenço com estampa de caveira e com uma mochila, Guilherme sacou um revólver e começou a disparar em direção a um grupo de alunos e da coordenadora pedagógica, Marilena Ferreira Umezu, uma das vítimas.

Na sequência, ele se dirigiu ao pátio, onde havia mais adolescentes pois era hora do intervalo. Menos de um minuto depois, Luiz Henrique entrou, colocou as armas no chão, pegou a machadinha e golpeou os alunos que haviam sido atingidos pelo comparsa.

Policiais chegaram à escola quando os dois atiradores ainda faziam os disparos na direção dos estudantes, que deixavam o prédio desesperados. Um atirador teria atirado na cabeça do outro. Depois, esse se suicidou.

MEDIANEIRA (PR) - SET.2018

Um estudante de 15 anos atirou contra colegas em um colégio no Paraná em 28 de setembro, deixando dois feridos.

O adolescente e um colega que lhe deu cobertura, ambos apreendidos pela polícia, cursavam o primeiro ano do ensino médio no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira (oeste do Paraná).

"Seus filhos me humilharam, me ameaçaram, me expuseram de uma maneira que não tem mais perdão", afirmou o estudante, em um vídeo que teria sido gravado horas antes do ataque.

GOIÂNIA (GO) - OUT.2017

Um estudante de 14 anos sacou da mochila uma arma de seus pais, que eram policiais militares, e atirou contra colegas de classe numa escola particular de Goiânia, deixando dois mortos e outros quatro feridos em 20 de outubro.

O menino afirmou à polícia que decidiu fazer os disparos porque sofria bullying. Colegas de escola disseram que ele era chamado de "fedorento".

Os dois adolescentes mortos tinham 13 anos. Outros quatro ficaram feridos, sendo três meninas e um menino.

REALENGO (RJ) - ABR.2011

Um massacre que resultou na morte de 12 estudantes em um colégio na zona oeste do Rio de Janeiro chocou o país e marcou para sempre a vida de dezenas de crianças. No dia 7 de abril, Wellington Menezes de Oliveira, 23, abriu fogo contra alunos da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, onde também estudou, e se matou em seguida.

Entre os mortos, estavam dez meninas e dois meninos, com idades entre 12 e 15 anos. Mais de dez crianças ficaram feridas.

Na ação, Wellington entrou na escola por volta das 8h, dizendo que daria uma palestra. Conversou com algumas pessoas e seguiu em direção a duas salas de aula do 8º ano, onde entrou atirando com dois revólveres.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves atirou contra Wellington e pediu que ele largasse a arma. Em seguida, o criminoso se matou com um tiro na cabeça.


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