SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A libertação de duas brasileiras que estavam presas na Alemanha sob a falsa acusação de tráfico internacional de drogas foi precedida por um contato do Ministério Público do país europeu com seu congênere brasileiro.

Na última terça (11), poucas horas antes da soltura de Kátyna Baía e Jeanne Paolini, um representante do MP alemão fez uma solicitação informal de informações a uma autoridade que acompanhava o caso no Ministério Público Federal brasileiro.

Queria se certificar de que as informações passadas pelo Ministério da Justiça, de que não havia envolvimento de ambos no crime, eram corretas. Com a confirmação de que elas haviam sido vítimas de uma quadrilha especializada em trocas de etiquetas de bagagens, já desbaratada, a libertação pôde seguir adiante.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o processo teria sido bem mais célere caso o Brasil já fosse parte do Eurojust, agência de justiça criminal da União Europeia. O convite foi feito em 2021, mas ainda estão pendentes autorizações do Itamaraty e do Congresso Nacional.


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