O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, decidiu hoje (13) restabelecer a ordem de prisão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu pelo crime de lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato.
Ao analisar um recurso do Ministério Público Federal (MPF) contra a decisão do juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, que revogou o mandado de prisão, os desembargadores entenderam que o magistrado não poderia ter tomado a medida em função de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que havia determinado a suspensão do processo contra Duran, que vive na Espanha e tem dupla cidadania.
O mandado de prisão foi expedido pelo então juiz Sergio Moro, que comandava os processos da Lava Jato antes de deixar a magistratura.
No mês passado, durante audiência com Eduardo Appio, Tacla Duran disse que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu.
Duran disse que foi procurado por uma pessoa que atuou como cabo eleitoral da campanha de Moro e um advogado ligado à esposa dele, Rosangela Moro, que teria oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações.
A partir das menções, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo, tribunal responsável pela análise de questões envolvendo parlamentares com foro privilegiado.
Após a divulgação do depoimento, o senador Sérgio Moro (União-PR) disse que não teme qualquer investigação.
“Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou”, rebateu.
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