SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor de operações da SPTrans, Wagner Chagas, disse que o SindMotoristas, sindicato que representa motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo não comunicou oficialmente a companhia sobre as paralisações desta segunda-feira (29). No início da manhã, trabalhadores de nove concessionárias ficaram parados para a realização de assembleias nas garagens, o que atrasou a liberação das frotas.

Em entrevista à rádio CBN, Chagas disse que as empresas "operam com veículos de grande capacidade" e que a paralisação afetou cerca de 700 mil passageiros que dependem dos ônibus para se locomover no período da manhã. Praticamente metade da frota da cidade teria ficado retida nas garagens das 4h às 6h10, segundo ele.

O SindMotoristas argumenta que informou sobre as paralisações na sexta-feira (26), com publicação em seu site oficial.

De acordo com o diretor da SPTrans, porém, essa comunicação teria de ser feita por ofício. "Eles teriam que fazer um comunicado 72 horas antes, relatando o que iriam fazer e o tempo de permanência nas garagens, para que a gente pudesse tomar alguma providência", disse.

De acordo com a SPTrans, a operação dos ônibus já foi normalizada. Em razão das paralisações, a Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o rodízio de veículos nesta segunda.

Dirigentes do sindicato afirmam que as assembleias foram realizadas para informar os trabalhadores sobre uma agenda de mobilizações programadas para esta semana. A categoria está em campanha salarial e negocia com as empresas uma proposta que contenha "valorização das cláusulas econômicas e, especial, a volta dos 30 minutos de refeição remunerados".

Procurado, o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) disse que lamenta a posição dotada pelo SindMotoristas nas negociações. "Esperamos que a ética e o bom senso prevaleçam e as negociações prossigam sem mais movimentos que prejudiquem a população usuária desse serviço essencial", disse, em comunicado.

O SindMotoristas prevê para terça (30), às 15h, uma passeata dos trabalhadores em direção à Prefeitura de São Paulo. Na quarta (31), a categoria deve realizar protesto no terminal Parque Dom Pedro 2º, às 10h.

"Já estamos sabendo disso e vamos tomar algumas atitudes operacionais para que a população não fique prejudicada", disse Wagner Chagas à CBN.

EMPRESAS AFETADAS PELAS PARALISAÇÕES:

Viação Grajaú (zona sul)

MobiBrasil (zona sul)

Viação Campo Belo (zona sul)

KBPX (zona sul)

Santa Brígida (zona norte)

Sambaiba (zona norte)

Gato Preto (zona oeste)

Transppass (zona oeste)

Metrópole 3 (zona leste)


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