SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma operação da Polícia Federal realizada hoje (2), que cumpre mandados de busca e apreensão em São Paulo e Pernambuco, tem como alvo um grupo neonazista constituído em aplicativos de mensagens. O grupo teria envolvimento com os ataques em duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo. Os ataques aconteceram em novembro do ano passado.
A Polícia Federal identificou que um grupo neonazista compartilhava material com divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, fabricação de artefatos explosivos, promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas em um aplicativo de mensagens;
O grupo foi identificado a partir de investigação e perícia no celular do adolescente de 16 anos que foi apreendido após ataques a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo;
A investigação apontou que o conteúdo compartilhado no grupo pode ter induzido o adolescente a cometer os assassinatos em massa, uma vez que o material de conteúdo extremista encontrado no celular do suspeito foi baixado diretamente do grupo no aplicativo;
A Polícia Federal ainda destacou "baixa cooperação da empresa do aplicativo de mensagens em fornecer os dados necessários para a identificação dos participantes do grupo";
Apesar das dificuldades, dois integrantes do grupo foram identificados pela PF e são investigados pelos crimes de corrupção de menores e de homicídio qualificado;
No grupo eram compartilhados conteúdos de intolerância a raça, cor, religião, material antissemita e de extremismo violento. As evidências encontradas no aplicativo configuram o crime de terrorismo;
Os mandados de busca e apreensão são cumpridos nas cidades de São Paulo (SP) e Petrolina (PE). Se somadas, as penas máximas dos crimes investigados podem chegar a 72 anos de prisão.
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