O governo assinou nesta quarta-feira (5) contratos para a exploração de quatro blocos de petróleo nas bacias de Campos, no Rio de Janeiro, e de Santos, em São Paulo. O investimento mínimo é de R$ 1,4 bilhão. O leilão ocorreu em dezembro do ano passado e gerou arrecadação de R$ 961 milhões.
Foram arrematados: Água-Marinha e Norte de Brava, na bacia de Campos, e os blocos Bumerangue e Sudoeste de Sagitário, na bacia de Santos.
Segundo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz, a expectativa é que o Brasil aumente em 109% a produção de petróleo até 2035. Além disso, o secretário afirmou que a pasta vai atuar com mão firme para explorar a Margem Equatorial, situada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte.
Secretário-executivo do MME, Efrain Cruz, em cerimônia de assinatura dos contratos com as empresas vencedoras - Marcelo Camargo/Agência Brasil
A licença de perfuração do primeiro poço, na foz do Rio Amazonas, foi negada pelo Ibama.
"O Ministério de Minas e Energia não abre mão de mantermos a discussão pautada entre o equilíbrio sustentabilidade e desenvolvimento. Não podemos prescindir da margem equatorial, nós vamos atuar com mão firme para que nós possamos, cumprindo todas as etapas ambientais, explorarmos a margem equatorial, pois ali os brasileiros podem ter riquezas".
O Brasil é o nono produtor mundial de petróleo. A expectativa é que em 2030 o país alcance o pico de produção, saltando dos atuais 800 mil barris para quase três milhões de barris por dia, o que representa metade da produção nacional e dois terços do pré-sal.
Na próxima década serão investidos U$ 72 bilhões em projetos de produção, com isso a estimativa é que a União arrecade U$ 344 bilhões.