SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A partir desta quinta-feira (8), a avenida Faria Lima, principal centro financeiro de São Paulo, estará conectada ao aeroporto internacional de Guarulhos através de voos regulares de helicóptero. O serviço é oferecido pela Revo, uma novo app de mobilidade urbana do grupo português OHI.

Os voos são operados pela Omni Táxi Aéreo, do mesmo grupo, em aeronaves Airbus H135 (para até cinco passageiros) ou H155 (para até oito passsageiros).

De agora até outubro, a plataforma operará em "soft launching", oferecendo o shuttle aéreo para o aeroporto de Guarulhos a partir de dois helipontos na capital: um na esquina da Faria Lima com a avenida Juscelino Kubitschek (Faria Lima Internacional Plaza II) e outro ao lado do Shopping Cidade Jardim (Edifício Continental Tower). Ambos têm lounges para recepcionar os passageiros com instruções de seguranças e diversas bebidas, inclusive alcóolicas.

Os voos têm duração de 15 minutos, e partem em horários que vão sendo ajustados conforme a demanda com a ajuda de uma inteligência artificial, diz a empresa. Para a próxima a semana (de 7 a 11 de agosto), estão programados três voos diários para Guarulhos, de segunda à quinta, partindo às 8h, 9h45 e 15h45. Às sextas, são apenas dois, às 8h e às 9h30. Para a semana seguinte, existem outras opções de horário programadas, inclusive à noite.

Para voar, basta fazer a reserva do seu assento pelo aplicativo da Revo, disponível apenas para iOS. Além do voo em si, a reserva inclui o transporte das bagagens e um motorista particular que leva o passageiro e suas malas da sua casa ou escritório até o heliponto e vice-versa.

Cada trecho de ou para o aeroporto tem preço fixo de R$ 3,5 mil por passageiro ?que pode até voar sozinho caso a sua reserva seja a única para aquele horário, já que os voos partem no horário programado independente do número de passageiros.

Às sextas e segundas a Revo também terá voos dos mesmos helipontos para a Fazenda Boa Vista, condomínio de alto luxo do Grupo JHSF em Porto Feliz, a 100 quilômetros da capital. Nessa rota, que tem duração de pouco menos de 30 minutos, cada trecho sai por R$ 5 mil.

Nesta quarta (2), a Folha embarcou em um voo da Revo da Faria Lima para a Fazenda Boa Vista, no Airbus H155. A aeronave, pilotada sempre por dois comandantes, tem duas fileiras de bancos de couro viradas uma para a outra e fones Boose com cancelamento de ruído. Assistentes sorridentes conduzem os passageiros por todo o percurso de e para o helicóptero.

"Nosso foco é atender um público de alta renda que hoje ainda não tem uma opção de táxi aéreo por aplicativo que ofereça total previsibilidade de horários e um serviço completo, incluindo transporte terrestre, da origem até o destino do passageiros", explica João Welsh, CEO da Revo, que pretende transportar 2,5 mil passageiro só até o fim de 2023. Em cinco anos, a expectativa é transportar 80 mil passageiros por ano.

"Também já temos acordos assinados com a Eve Air Mobility, a divisão de carros voadores da Embraer, para aquisição desses veículos quando eles estiverem disponíveis no mercado", conta Welsh. "Há muito a ser feito ainda em termos de infraestrutura para que os carros voadores se tornem uma realidade em alguns anos. Estamos entrando primeiro, começando um processo acelerado de aprendizagem com helicópteros, para liderar essa transição."

Segundo a Revo, o tráfego de passageiros premium (que voam de executiva e primeira classe) no aeroporto de Guarulhos é de 1,1 milhão de passageiros por ano - número que chegar a 2,4 milhões até 2026. O executivo da empresa também confirma que já existem negociações em curso para estender o serviço para o aeroporto de Viracopos, em Campinas, a pouco mais de 100 km da capital.


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