RIO DE JANEIRO, SP (FOLHAPRESS) - Duas mulheres e três homens foram detidos por suspeita de envolvimento com o garimpo ilegal na região do Xitei, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O grupo foi preso no sábado (5), em uma etapa da operação Ágata Fronteira Norte, coordenada pelo Ministério da Defesa.

Com o grupo foram apreendidas três armas de fogo, munição, sete gramas de ouro, recipientes de mercúrio e 800 kg de cassiterita, mineral de onde é extraído o estanho, usado na produção industrial de vidros, celulares e embalagens de alimentos.

O Ministério da Defesa e a Polícia Federal não informaram se os suspeitos apresentaram defesa.

Os presos foram levados à Boa Vista e encaminhados à Polícia Federal. Desde sexta (4), a operação, coordenada pelo Ministério da Defesa, já efetuou 11 prisões em Xitei.

Iniciada em 21 de junho, a operação é a primeira após a publicação do decreto que aumentou atuação do Ministério da Defesa nas ações de combate ao garimpo ilegal na TI Yanomami e no enfrentamento da emergência em saúde pública desse povo. Antes, os militares davam apenas apoio logístico, mas não faziam enfrentamento direto.

A ação reúne 1.381 militares e outros órgãos governamentais, além de 11 aeronaves, um navio patrulha-fluvial e três lanchas blindadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma MP (Medida Provisória), publicada no último dia 2, para abrir crédito extraordinário de R$ 140,2 milhões para o Ministério da Defesa, com o objetivo de realizar ações emergenciais das Forças Armadas em terras indígenas.


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