SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com a previsão de que São Paulo atinja um novo recorde de calor neste domingo (24), paulistanos que foram aos parques da cidade disputavam um lugar na sombra para se proteger do sol.
No parque Ibirapuera, na zona sul, e no parque Villa-Lobos, na zona oeste, havia filas de carros para entrar nos estacionamentos e para alugar bicicletas no fim da manhã deste domingo. Os bebedouros também eram disputados pelos frequentadores.
Uma forte onda de calor atinge todo o país e fez com que a cidade de São Paulo tivesse por dois dias seguidos a maior temperatura já registrada. Na sexta-feira (22) e no sábado (23), os termômetros chegaram a 34,7ºC. A previsão é de que a temperatura suba ainda mais neste domingo, podendo atingir 35°C no período da tarde.
Para fugir do calor dentro de casa, Gabriela Barbosa, 23, e Kauê Jonatas, 23, saíram cedo da Vila Prudente, na zona leste da capital, e foram para o parque Ibirapuera. Eles conseguiram um espaço embaixo das árvores para fazer um piquenique.
"Nesse calorão não dá para ficar dentro de casa. Nem ligando o ventilador resolve, então o melhor é sair um pouco mesmo", contou Gabriela.
Camila Rocha, 30, também marcou um piquenique no parque Villa-Lobos com as amigas e os filhos pequenos para aproveitarem o dia de calor. Mesmo tendo levado comida, água e protetor solar, elas já se programavam para ir embora antes do meio-dia por causa do sol forte.
"A gente encontrou essa sombra embaixo das árvores, mas até o meio-dia o sol vai estar mais forte e não vai dar para continuar", contou Camila, que estava com o filho Gabriel, de 1 ano.
Segundo ela, o calor tem deixado o filho mais irritado e cansado mesmo. "Ele fica mais quietinho, não tem fome. Eu o trouxe no parque para brincar com os amiguinhos, mas estão todos mais cansados por causa do calor", disse.
Carina Nascimento, 35, também foi ao parque Villa-Lobos no fim da manhã para correr, mas em poucos metros desistiu de se exercitar. "Achei que conseguiria correr um pouco, mas o sol está forte demais. Acabei só fazendo uma caminhada leve mesmo, fiquei com medo de passar mal."
Priscila Bueno, 35, levou o cachorrinho para caminhar no parque, mas preferiu só sentar com ele embaixo das árvores para se abrigar do sol. "O chão está quente demais e ele pode queimar as patinhas. Então, decidi sentar um pouco na sombra e já vou voltar para casa."
QUE ONDA É ESSA?
O país vive uma onda de calor fora de época e há alerta de grande perigo para altas temperaturas até domingo, de acordo com o Inmet. Além das capitais, o instituto informou que os termômetros podem ultrapassar os 40°C em áreas das regiões Centro-Oeste e do Norte, além do interior de São Paulo -neste sábado, Ribeirão Preto teve 38°C.
Ondas de calor se caracterizam por um aumento de 5°C em relação às médias de temperatura. Se o aumento é verificado em um período de 2 a 3 dias, o alerta é moderado. De 3 a 5 dias, passa a ser de perigo. Por mais de cinco dias consecutivos, o aviso passa para a categoria de grande perigo.
O calor é provocado pelo tempo e redução da nebulosidade, que mantém a temperatura da massa de ar elevada. Está em curso um fenômeno que causa um bloqueio atmosférico que faz com que os ventos ocorram em níveis superiores da atmosfera, o que faz prolongar os dias de altas temperaturas.
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