RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou nesta sexta-feira (29) que as ações policiais com apoio do governo federal no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, serão feitas com o "mínimo efeito colateral possível".

Ele e o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), se reunirão para discutir as ações, mas não divulgaram detalhes da "Operação Maré", como o plano está sendo chamado. Foi confirmada apenas a convocação da Força Nacional de Segurança, composta por policiais militares de outros estados, para apoiar as ações.

"Vamos atuar com inteligência, com proporcionalidade, respeitando a ADPF [das Favelas], sem nenhuma ação pirotécnica ou espetacular. Com inteligência e com o mínimo efeito colateral possível, para devolver território para as 140 mil pessoas que moram ali", disse Capelli em entrevista coletiva no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.

A operação foi anunciada após a divulgação de imagens de criminosos em treinamento de guerrilha dentro de uma área de lazer no conjunto de favelas. O flagrante foi captado por drones da Polícia Civil do Rio como parte de uma investigação que durou dois anos e identificou mais de mil criminosos que controlam a área.

Na gravação, exibida no último domingo (24) pelo Fantástico, da TV Globo, é possível ver dezenas de homens armados simulando confrontos, inclusive com uso de bombas, dentro de um espaço ao lado de uma creche e cinco escolas.


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