SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo de São Paulo anunciou que serviços públicos estaduais de saúde terão ponto facultativo nesta terça-feira (3) na capital por causa da previsão de greve de funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp. A intenção é facilitar o reagendamento de consultas médicas, exames e outros procedimentos.
A medida não se estende a outras cidades da região metropolitana atendidas pelos trens da CPTM. O ponto facultativo deve ser publicado na edição do Diário Oficial desta terça.
A greve nas três companhias estaduais ocorre em protesto contra os planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
"As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo", afirma o governo estadual, em nota.
O governo ressaltou que não haverá mudança nos serviços de segurança pública. Restaurantes e postos móveis do Bom Prato devem oferecer normalmente as refeições previstas para esta terça.
Já a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que suspenderá as aulas nas escolas da rede na capital e região metropolitana.
Provas serão remarcadas, inclusive nas escolas que estão aplicando a repescagem da Prova Paulista, a avaliação bimestral aplicada em toda a rede. A secretaria também organizará a reposição de aulas, em data a ser divulgada em breve.
Decisões na Justiça do Trabalho obrigam os sindicatos dos metroviários e dos ferroviários a oferecer efetivo total dos funcionários em horários de pico durante a greve. Nos demais horários, o efetivo mínimo deve ser de 80% dos trabalhadores.
A previsão é que as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô fiquem paralisadas. Na rede ferroviária, o sindicato dos funcionários da CPTM prevê uma paralisação de todas as linhas administradas pelo serviço público (7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade).
As linhas 4-amarela e 5-liás de metrô, assim como as linhas 8-diamante e 9-esmeralda, devem seguir operando na terça-feira ?as quatro são administradas por concessionárias do grupo CCR. O sindicato, no entanto, vai convocar 170 trabalhadores da CPTM que trabalham nas bilheterias das duas linhas para aderir à paralisação.
O governo estadual classifica a greve como ilegal e diz esperar que as categorias cumpram a determinação judicial.
Já os sindicatos estão recorrendo da decisão. Eles argumentam que aceitam trabalhar com efetivo total caso o governo adote a liberação das catracas, uma reivindicação histórica das categorias durante paralisações.
"O Governo de São Paulo atua nas esferas administrativa e judicial para que a população não seja prejudicada pela greve ilegal da CPTM, Metrô e Sabesp nesta terça-feira (3)", afirma a gestão Tarcísio. "O Judiciário também proibiu a liberação das catracas, proposta de forma irresponsável pelos grevistas, sem considerar os altos riscos de tumultos e acidentes nas estações. A gestão estadual aguarda que as categorias cumpram as decisões judiciais para que os direitos da população sejam preservados."
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