SANTOS, SP (FOLHAPRESS) - O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta sexta-feira (3) que o estado enfrenta déficit de policiais militares e civis e defendeu as recentes operações policiais no litoral paulista.

A Operação Escudo, deflagrada no litoral do estado, resultou em ao menos 28 pessoas mortas em sua primeira etapa, na ação mais letal da polícia paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992. Menos de uma semana após o anúncio de seu encerramento, a operação foi retomada e houve ao menos duas mortes.

Derrite afirmou em Santos, onde esteve para participar da entrega de veículos para o Corpo de Bombeiros, que faltam 20 mil policiais militares em São Paulo e que a Polícia Civil tem déficit de 33% em seus quadros.

"Recebemos as forças de segurança com o maior déficit da história", disse o secretário. "Mas o governador Tarcísio de Freitas já autorizou a contratação de mais de 13 mil policiais e, em dois anos, teremos um ganho significativo", disse.

Também participou da solenidade o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que a intenção do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é alijá-lo da política. Disse, ainda, que "no momento" Moraes está sendo vitorioso.

O secretário também afirmou que a Baixada Santista "sofre muito com o crime organizado" e defendeu as recentes operações policiais na região como resposta a ataques de criminosos a policiais.

"Durante 40 dias de nossa Operação Escudo, prendemos 976 criminosos, capturamos 388 procurados pela Justiça e apreendemos 119 armas ilegais na região. Estamos agindo para devolver a tranquilidade."

Eleito deputado federal pelo PL, mesma legenda de Bolsonaro, o secretário ainda elogiou a deputada federal e colega de partido Rosana Valle. "Só não voto em você porque sou obrigado a votar em mim", disse. Ela deve ser a candidata do partido a prefeita de Santos em 2024.

A quantidade de pessoas mortas por policiais militares em serviço registrou alta de 86% no terceiro trimestre da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em comparação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública divulgados no último dia 25, foram 106 mortes entre julho e setembro deste ano ante 57 em 2022.

O número de mortes causadas por PMs de folga passou de 26 para 33.

No terceiro trimestre estão tabulados os 28 mortos durante a Operação Escudo em Guarujá e Santos. Foram 40 dias de ações de tropas da Polícia Militar na tentativa de prender os suspeitos pela morte de um soldado da Rota (tropa de elite da PM paulista) e para asfixiar o tráfico na Baixada Santista.


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