SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Defesa Civil confirmou na manhã deste sábado (4) seis mortes relacionadas à tempestade que atingiu o estado de São Paulo nesta sexta-feira (3). As vítimas foram atingidas por árvores ou muros que caíram durante a chuva na capital, em Osasco e Santo André, na região metropolitana, e em Limeira e Suzano, no interior.

Os ventos passaram de 150 km/h em Santos, no litoral paulista, segundo dados da Praticagem de São Paulo. Algumas regiões do estado completaram mais de 20 horas sem energia elétrica. A capital paulista e cidades do interior amanheceram com dezenas de árvores caídas nas ruas.

Na Grande São Paulo, o Corpo de Bombeiros registrou 46 desabamentos e mais 1.300 chamados relacionados à queda de árvores, de acordo com o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Quase metade, 528, eram de ocorrências na capital.

Na capital, segundo dados da gestão Ricardo Nunes (MDB), de 76 árvores que caíram, 43 haviam sido removidas até a manhã deste sábado (4). Além disso, de 94 semáforos que deixaram de funcionar, 77 foram restabelecidos.

A prefeitura recebeu, ainda, 618 chamados por falta de iluminação pública. Desses, 523 haviam sido solucionados até a manhã deste sábado, de acordo com a administração.

Outro serviço afetado pela tempestade foi o fornecimento de água. Houve interrupção no abastecimentos em diversos pontos da capital e de outras cidades da região metropolitana.

A Sabesp, responsável pela operação, pediu que a população reduza o consumo até que tudo seja normalizado. Em locais críticos, a empresa disse que seriam utilizados caminhões-tanque.

MORTES

Na zona leste paulistana, duas pessoas morreram depois de serem atingidas por árvores. Em Limeira (a 151 km da capital), um muro atingiu uma vítima.

Em Osasco, na avenida Luiz Rink, duas árvores caíram em cima de um muro, que, por sua vez, destruiu um veículo. Felipe Lima Ribeiro do Nascimento, 21 anos, passava pelo local no momento e foi atingido.

O jovem desembarcou do ônibus e tinha uma caminhada de cinco minutos até em casa. O avô, João Bosco do Nascimento, achou que a demora do rapaz para voltar para a casa era em decorrência da chuva. Ele define o neto como uma pessoa boa. Ao descobrir da morte do jovem, a família ficou em choque e apenas o avô conseguiu comparecer no local.

Em Santo André, uma parede também cedeu e acertou duas pessoas. Uma delas morreu. A terceira morte, segundo a Defesa Civil, ocorreu em Limeira, após o desabamento de um muro.

Nesta quinta (2), a Folha de S.Paulo mostrou que as ações para enterramento de fios em SP ?que minimizariam o problema de queda de energia em situações assim? não avançam, e prefeitura estuda novo programa.

Em Moema, na zona sul, a energia caiu durante a forte ventania por volta das 16h15 de sexta no apartamento do tradutor e intérprete Wanderley Mattos Jr., 58, que mora na avenida Rouxinol. Às 8h15 de sábado, o prédio onde ele mora ainda estava sem luz.

"Para além dos transtornos, minha preocupação agora é com o prejuízo que terei com os alimentos que estão na geladeira e no freezer", disse.

OS MORTOS DA CHUVA EM SP

São Paulo: duas pessoas morreram devido a queda de árvore

Osasco: queda de árvore

Limeira: desabamento de um muro

Santo André: queda de uma parede de um prédio

Suzano: queda de árvore

ÁREAS SEM ÁGUA EM SP

Na capital

Americanópolis, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana,Vila Clara, Santa Etelvina, Guaianases, Cidade Tiradentes, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Jardim Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Morumbi e Capão Redondo

Na Grande São Paulo

Itapecerica da Serra, Mauá, Cotia, Santo André, Diadema, Osasco, Barueri, Guarulhos, Taboão da Serra, Itaquaquecetuba, Biritiba Mirim e Suzano


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