SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma estudante de 17 anos foi vítima de abuso sexual enquanto caminhava da escola para casa, em Campinas (SP). Ela foi salva por uma amiga e seu pai, que passavam de carro no local quando viram a aluna e o suspeito e gritaram pela menina. As informações são da EPTV, afiliada da TV Globo na região.
Adolescente foi abordada por um homem na saída da escola. A vítima deixou o Cotuca (Colégio Técnico de Campinas, ligado à Unicamp), no centro, por volta das 23h. Quando caminhava até sua casa, percebeu que havia um homem andando à frente, mas não se sentiu ameaçada. "Só que ele virou de repente, colocou a mão na cintura e falou que eu ia andar com ele", relatou a jovem à EPTV.
Suspeito tinha "entre 40 e 50 anos" e ameaçou jovem com arma. A vítima contou ainda que, quando estavam entre uma banca e um carro, o homem passou a mão em seu corpo. A adolescente pensou em pedir ajuda em uma padaria, mas o suspeito estava apertando seu pescoço. "Eu até pensei em tentar me soltar. Só que ele estava apertando muito forte, estava até difícil de respirar", disse.
"Eu falei: 'Moço, se você quiser que eu já te entregue as coisas, eu pego tudo que tenho aqui e te entrego. Não tem a necessidade de eu andar com o senhor'. Aí ele falou que era para eu andar com ele, senão ele ia dar três tiros na minha testa. (...) Que era para eu confiar na palavra de bandido dele, que não ia acontecer 'nada' comigo. Só que ele 'ia tirar muito mais do que meus pertences'", disse a aluna à emissora.
Vítima foi salva por pai de amiga que passava de carro no local. O homem e a adolescente se aproximavam da Avenida Orosimbo Maia quando foram vistos por uma amiga da vítima e seu pai, que estranharam a situação e resolveram dar a volta no quarteirão. Quando pararam ao lado dos dois, começaram a gritar pela menina, "espantando" o suspeito, ainda segundo a EPTV.
Caso aconteceu na segunda-feira (13) foi registrado como estupro. As investigações são feitas pelo 1º DP de Campinas, que agora tenta localizar o suspeito. Procurada pela reportagem, a SSP- SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) disse que "demais detalhes serão preservados pela natureza do crime e por envolver menor de idade".
Nesta quinta-feira (16), alunos fizeram greve e protesto contra violência. O ato havia sido anunciado ontem pela APG (Associação de Pós-Graduandas e Pós-Graduandos) Unicamp. "Nos somamos à indignação e revolta após uma estudante do Cotuca ser vítima de abuso ao deixar o colégio e manifestamos nossa solidariedade irrestrita à estudante e à comunidade discente do Cotuca", publicaram em nota (leia abaixo).
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