SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Uma escola particular em Goiana (a 64 km do Recife) utilizou palha de aço para representar cabelos em uma atividade aplicada para uma turma de ensino infantil no Dia da Consciência Negra, celebrado na última segunda-feira (20).

As fotos da atividade escolar do Colégio Ágape, aplicada para crianças da pré-escola, circulou em redes sociais, gerando uma onda de críticas à escola pelo cunho racista da representação de pessoas negras.

A imagem mostra um desenho do rosto em um papel e palhas de aço coladas acima da cabeça, representando os cabelos. No título da atividade, está escrito "minha obra de arte" e "consciência negra".

Em nota divulgada nas redes sociais, o Colégio Ágape informou que aquela era uma atividade extracurricular e a classificou como um ato isolado, destacando que as profissionais envolvidas "tiveram uma ação totalmente contrária" à política de ensino da unidade escolar.

"O Colégio Ágape informa desde já que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas e que jamais corrobora com qualquer forma de discriminação, de raça, sexo, religião ou ideologia e que repudia toda e qualquer ação neste sentido", informou a escola.

A escola ainda destacou em nota que se solidariza com todos os envolvidos e está à disposição para quaisquer esclarecimentos e dúvidas.

O dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. A dia foi oficializado como uma data nacional em 2012, mas desde os anos 1970 é utilizado pelo movimento negro como um marco da luta contra o racismo.

A data entrou no calendário escolar a partir de 2003, quando foi sancionada a lei que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas.


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