PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Após um dia de apreensão, com a população esgotando os estoques de água mineral em supermercados da cidade, Joinville teve o abastecimento de água restabelecido na manhã desta terça-feira (30). Em regiões mais altas, a situação deve ser normalizada completamente até esta quarta (31).

Por volta das 7h desta segunda (29), um acidente com um caminhão na rodovia SC-418, na serra Dona Francisca, despejou cerca de mil litros de ácido sulfônico no rio Seco, um afluente do rio Cubatão, que abastece o município. Com isso, o abastecimento ficou suspenso cerca de 24 horas.

Imagens em redes sociais mostram o caminhão ignorando uma curva em alta velocidade e tombando na rodovia. Outras mostram a água do Cubatão coberta por uma espuma branca.

Com o fechamento da ETA Cubatão (Estação de Tratamento de Água Cubatão), aproximadamente 75% do abastecimento de água foi interrompido até que o produto não oferecesse mais risco.

Joinville, cidade mais populosa de Santa Catarina, com 616.317 moradores, chegou a declarar situação de emergência e recomendou que a população economizasse água.

Ao final da manhã desta terça, o prefeito Adriano Silva (Novo), comunicou em entrevista ao canal NSC TV que a água voltaria a ser destinada para as torneiras do município. Antes, conforme o prefeito, o produto foi diluído ao longo das horas e a água foi testada e considerada própria para consumo.

Segundo Silva, a concentração do produto químico deve ficar abaixo de 0,20 miligrama por litro para ser considerada segura:

"Era 0,19 [mg por litro] essa concentração antes de acontecer o acidente. Por volta de 13h chegou a 1,2, quase cinco vezes mais. Hoje pela manhã voltou a 0,20, 0,25 que é o índice normal. Extremamente normal. Então retomamos o trabalho da estação de tratamento do Cubatão e logo em seguida vamos iniciar o reabastecimento das casas", explicou.

O ácido sulfônico é usado pela indústria para a fabricação de detergentes líquidos, desengraxantes, limpa alumínio e limpadores multiuso em geral.

Portanto, ele já é detectado em baixas concentrações em rios que têm contato com a água consumida em ambientes urbanos, sejam residências ou indústrias.

Em alta concentração, todavia, ele se torna perigoso tanto para ingestão quanto para o contato com pele e olhos.

A prefeitura havia comunicado inicialmente que a água que estava parada dentro da tubulação poderia apresentar cor ou odor alterados pela ausência temporária de fluxo, mas que isso não a torna imprópria para o uso e não tem relação com o derramamento no rio Cubatão.


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