SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - A dona de casa Milena Dantas Bereta Nistarda, 53, foi morta a facadas, na tarde de segunda-feira (26), em Tupã (a 515 km de São Paulo), quatro horas após registrar um boletim de ocorrência contra o marido, o gerente comercial Marcelo Nistarda Antoniasse, 49. O homem foi preso em flagrante. O caso é investigado como feminicídio.

O corpo da dona de casa foi encontrado no quarto do casal, que morava no bairro Vila Abarca, na cidade do interior de São Paulo. Após o crime, o suspeito arrancou o coração e as vísceras da vítima e os colocou ao lado do corpo.

Antoniasse foi preso pela Polícia Militar ainda no local do crime e confessou o assassinato, segundo a corporação.

Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva (sem prazo) nesta terça (27). Segundo a Polícia Civil, ele ainda não tem advogado.

Milena tinha ido à delegacia por volta das 9h de segunda-feira, após uma briga com o marido, e registrou um boletim de ocorrência de violência psicológica e doméstica.

Segundo a polícia, a mulher não quis ser encaminhada para um abrigo para mulheres vítimas e retornou para casa após o registro.

Por volta das 13h, Antoniasse teria ido até à residência do casal e arrombado o portão com o carro.

Na sequência, ele arrombou a porta da cozinha, foi até o quarto onde a vítima havia se trancado, quebrou a porta e, armado com uma faca, matou a mulher. Vizinhos teriam ouvido os gritos de Milena pedindo ajuda e chamaram a polícia.

Ao chegar no imóvel, os policiais encontraram Antoniasse no quintal. Ele tinha manchas de sangue nos braços e no rosto.

"Com a aproximação e entrada tática dos policiais, o autor saiu com as mãos para cima dizendo que teria feito 'merda' e pediu para que os policiais o matarem", diz trecho da ocorrência.

Milena e o gerente comercial estavam casados havia 29 anos e tinham um filho de 26 anos. A dona de casa também tinha uma filha de 29 anos de um relacionamento anterior.

Segundo relato da vítima à polícia, os filhos teriam se mudado de cidade havia dois meses e, desde então, o marido teria passado a cometer violência psicológica e mantinha a mulher em cárcere privado, inventando desculpas para impedir que ela saísse de casa.

Ele também havia colocado rastreador em seu aparelho celular.

A vítima ainda relatou aos policiais que já foi agredida pelo homem e havia registrado um outro boletim de ocorrência contra o marido há dez anos.


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