SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma mulher e um homem, donos de uma empresa especializada em criptoativos, foram presos por golpes financeiros na noite desta quinta-feira (29) na Argentina.
Os dois, donos da Braiscompany, de Campina Grande (PB), estavam foragidos do Brasil há um ano após a prática de pirâmide financeira de criptomoedas. Eles respondem por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e contra o Mercado de Capitais, além de lavagem de dinheiro. A prisão foi realizada em operação da Polícia Federal com auxílio da Interpol.
O valor a ser reparado às suas vítimas é de mais de R$ 370 milhões. Em quatro anos, a empresa movimentou R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos, que são sócios e colaboradores.
As pessoas prejudicadas anunciaram nesta sexta-feira (1º) uma carreata em comemoração à prisão. O evento terá concentração no Parque do Povo, em Campina Grande, com início às 19h e passará pelas principais ruas da cidade.
O casal tem penas que somam mais de 150 anos de prisão. Autoridades da Argentina informaram que eles estavam sendo vigiados em um condomínio de luxo até serem presos.
Eles seguem à disposição da Justiça da Argentina enquanto tramita o pedido de extradição ao Brasil. A prisão faz parte da Operação Halving, iniciada em fevereiro do ano passado e que realizou mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, sequestro de bens e suspensão das atividades da empresa.
Há pouco mais de um ano, o dono da Braiscompany publicou uma nota pública. Ele disse que queria 'gerar liberdade financeira atráves do mercado de criptomoedas' e que não haviam parado voluntariamente, mas sim por decisão judicial.
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