RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou neste sábado (2) que escolas do país vão receber uma ação de vacinação contra diferentes doenças. A medida do governo federal está prevista para a segunda quinzena deste mês de março, conforme a ministra.
"Estamos organizando uma ação pelo programa Saúde nas Escolas, que é uma ação conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação", disse.
"É um programa muito apoiado, de grande apreço, pelo nosso presidente Lula. A vacinação vai ocorrer, prevista para a segunda quinzena de março. É de todas as vacinas", completou.
O anúncio ocorreu em uma entrevista a jornalistas em Serra (a 30 km de Vitória), o município mais populoso do Espírito Santo.
A cidade recebeu a iniciativa batizada como "Dia D de mobilização contra a dengue". A agenda deste sábado buscou reforçar ações de prevenção e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti.
"As escolas também estão com várias ações para dengue. A comunidade escolar está unida, [com] materiais para professores, no caso específico de dengue. Mas a ação de vacinação [nas escolas] será para todas as vacinas", declarou Nísia.
No mesmo evento, a ministra defendeu uma união de esforços para combater a dengue no Brasil. Questionada se haveria planos de ampliar o público-alvo da vacinação contra essa doença, Nísia argumentou que a quantidade de imunizantes ainda é reduzida.
"Recebemos uma oferta pequena, compramos todo o estoque possível do laboratório produtor e estamos em um trabalho para que laboratórios brasileiros, sob a liderança da Fundação Oswaldo Cruz, possam produzir a vacina no Brasil. Mas isso não é uma solução imediata", afirmou a ministra, que participou do evento em Serra ao lado do governador capixaba, Renato Casagrande (PSB).
O Brasil registra, até este sábado, 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença em 2024, segundo o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Outras 651 mortes são investigadas.
Com taxa de incidência de 511 casos por 100 mil habitantes, a situação do país já é considerada epidêmica, conforme critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) -acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes.
Colaborou Luana Lisboa
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