SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Três homens morreram em duas ações da Polícia Militar em São Vicente, no litoral de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (11). Com isso, o número de pessoas mortas na Operação Verão chega a 43.

Em uma das ações, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), policiais do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) faziam uma incursão em local conhecido por ser ponto de tráfico, na região da avenida Sambaiatuba, no bairro Jóquei Club, quando ouviram disparos de arma fogo.

Quando os militares chegaram no rio que divide o bairro, ainda de acordo com a SSP, viram dois homens armados atravessando a água. Eles teriam atirado contra os policiais, que revidaram.

Os dois homens foram atingidos e afundaram. Um terceiro suspeito de atirar contra os policiais, segundo a SSP, conseguiu fugir.

Os homens feridos foram resgatados da água e levados ao pronto-socorro, mas morreram. Um deles, de acordo com a pasta da segurança, cumpria pena desde 2022 em regime aberto. Ele respondia por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de uso restrito. O outro saiu da prisão em 2018 e tinha passagens por tráfico de drogas, roubo, furto e porte ilegal de arma de uso restrito. A polícia localizou dentro da água uma pistola e uma sacola com mais de mil porções de entorpecentes.

O caso é investigado, segundo a pasta.

Na outra ação, na madrugada desta terça, os militares receberam denúncia de que um integrante de uma organização criminosa estava em um endereço no bairro Itararé, em São Vicente. Os PMs foram até o apartamento indicado e foram recebidos pelo suspeito, que segundo a pasta da segurança, resistiu à prisão e apontou uma pistola para os policiais, que reagiram. O homem foi atingido e socorrido ao Hospital Vicentino e morreu.

A arma dele e seu aparelho celular foram apreendidos e encaminhados para a perícia, bem como a arma dos policiais. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio pela Delegacia de São Vicente. Todas as circunstâncias dos fatos serão investigadas. O criminoso, segundo a SSP, tinha passagem por roubo, associação criminosa, receptação e porte ilegal de arma.

A Operação Verão teve início após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, no dia 2 de fevereiro. O policial foi assassinado durante patrulhamento em uma favela de palafitas na periferia de Santos.

A gestão Tarcísio de Freitas declarou que todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário.

Diante da violência que atinge a região, organizações de direitos humanos denunciaram na ONU as ações da PM no litoral. Na última sexta (8), o governador chegou a dizer "não estar nem aí" para as possíveis denúncias de violações que foram apresentadas para o colegiado internacional.

Após o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, dizer não reconhecer excessos por parte da PM, a Ouvidoria da Polícia disse ter encaminhado para gestão Tarcísio 27 queixas de abusos durante a operação entre janeiro e fevereiro.


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