SÃO PAULO, SP E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco (PSOL), discutiu, em 12 de dezembro de 2023, com vereador aliado de Brazão, em razão da nomeação do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) como secretário municipal de Ação Comunitária da gestão Eduardo Paes (PSD) em outubro passado. Ela disse que sentia "náusea" ao falar da situação.
Na ocasião, a vereadora usou a tribuna da Câmara Municipal do Rio de Janeiro para criticar o prefeito Eduardo Paes (PSD) pela nomeação.
"Eduardo Paes resolveu contradizer tudo o que disse durante essa gestão e fechar uma aliança com Crivela e o seu partido. Como selo dessa aliança, Eduardo Paes nomeou ninguém menos que Chiquinho Brazão como seu secretário e me causa náusea ter que dizer isso", discursou.
Mônica ressaltou que a nomeação aconteceu na mesma semana em que foi divulgado que a Polícia Federal suspeitava do envolvimento dos irmãos Brazão na morte de Marielle.
"E fez isso na mesma semana que veio a público a notícia que a Polícia Federal estava investigando e suspeitava do envolvimento da família Brazão no assassinato de minha esposa, Marielle Franco", afirmou.
O vereador Waldir Brazão (ex-chefe de gabinete do deputado estadual Manoel Brazão, irmão de Domingos) afirmou que a morte de Marielle era a "única pauta" da vereadora e saiu em defesa do grupo político na ocasião.
"O [ex-deputado Marcelo] Freixo prendeu um monte de gente na CPI das Milícias e a gente passou batido, como vem passando batido em tudo. A menos quando querem se aproveitar do nome que a gente tem. Do que a gente construiu. Toda vez que ela fizer isso, eu vou responder. Cada vez num grau maior", disse ele.
O nome do vereador é Waldir Rodrigues Moreira Junior (sem partido), mas adotou politicamente o sobrenome dos irmãos Brazão.
Mônica respondeu: "Sinto muito que o senhor tenha sido pressionado a vir ao microfone fazer esse tipo de fala. [...] Quem disse da possibilidade do envolvimento da família Brazão foi a Polícia Federal. Não fui eu. O final do processo está chegando. E aí os nervosos podem ficar mais nervosos ainda, porque é uma questão de tempo. [...] A execução dela irá transformar a política e o submundo do Rio de Janeiro quando a revelação dos nomes dos mandantes e todos os envolvidos chegarem ao conhecimento público".
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