SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em nota publicada nas redes sociais na última segunda-feira (25), a PUC Júnior Consultoria, empresa formada por alunos da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), criticou a faculdade após o furto de seis notebooks da sede da entidade, que fica no segundo subsolo do prédio no bairro de Perdizes, na zona oeste da capital.
Segundo o comunicado, o furto teria ocorrido na tarde do dia 6 de março, quando os representantes haviam saído para participar de um evento, deixando a sala vazia e destrancada. Ao voltarem, perceberam o local revirado e sem os equipamentos eletrônicos dos alunos. O grupo avalia em R$ 30 mil o prejuízo.
"O acesso à sala é bem difícil, no segundo subsolo. Muito poucas pessoas vão para lá e nossa sala não tem acesso à rua", diz Breno Baldini, diretor de marketing da PUC Júnior.
Os membros da consultoria afirmam que tentaram apoio da universidade para resolver a situação, mas não obtiveram. Desta forma, decidiram tornar público o episódio.
"Inicialmente, em respeito à instituição PUC-SP, nós, membros da PUC Júnior, optamos por manter a situação em estado sigiloso, no aguardo de uma atitude e de um posicionamento por parte deles, o que não ocorreu. Assim, pela falta de respeito, de compromisso, de transparência e principalmente pela negligência da universidade, optamos por tornar a situação de conhecimento público", diz a nota.
Baldini relata que os representantes da consultoria se dirigiram primeiramente à Pró-Reitoria. De lá, foram encaminhados para a ouvidoria da universidade que, por sua vez, os encaminhou para falar com a ouvidoria da Fundasp (Fundação São Paulo), mantenedora da PUC-SP.
"Percebemos que eles ficaram nos mandando de um lado para o outro para ganhar pelo cansaço. Só conseguimos um pouco mais de atenção com a nota publicada, e a Fundasp nos chamou para uma reunião na próxima segunda-feira", diz o diretor.
À reportagem a Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias diz ter tomado conhecimento do furto pelos alunos e os orientou a registrar boletim de ocorrência na delegacia do bairro para a investigação do caso. "As imagens registradas por câmeras de segurança poderão ser disponibilizadas às autoridades competentes", informou a universidade.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública), por sua vez, informou à reportagem que o caso está sendo investigado pelo 23º Distrito Policial (Perdizes). "Diligências estão em andamento visando à identificação dos autores. Já foi expedido ofício à entidade de ensino a fim de obter imagens da ação."
O manifesto da PUC Júnior ainda destacou a falta de segurança da universidade, que foi assunto na imprensa nos últimos dias após um aluno ter sido preso pelo sequestro de um colega.
"É relevante salientar que o presente acontecimento poderia ter ocorrido em qualquer outro local da universidade, dado que o descaso e falta de segurança da PUC-SP estende-se por todo o campus e arredores da universidade", diz a nota. "Em momento algum, nós, como estudantes universitários, esperávamos passar por isso dentro do nosso ambiente de aprendizagem. O fato é de extrema frustração e indignação."
O grupo afirma que, além de alertar os frequentadores da universidade, o intuito da nota de repúdio é "exigir um ressarcimento financeiro e uma mudança no cenário vigente, tratando-se da segurança e da postura inaceitável da instituição".
"Ultimamente, os casos de roubo e furto têm crescido muito na universidade. Os alunos postam sobre roubos nas próprias comunidades nas redes sociais. Esta semana, por exemplo, houve dois assaltos dentro da PUC e outros ao redor", lembra Baldini, que cursa o terceiro trimestre de economia.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA PUC JÚNIOR CONSULTORIA
"A PUC Júnior Consultoria, uma entidade vinculada à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), vem a público, por meio desta nota, repudiar um crime ocorrido em nossa sede, situada na Rua Ministro Godói, 969. No dia 06 de Março de 2024, por volta das 16:30, nossa sede foi invadida e revirada, sucedendo ao furto (conduta grave, que de acordo com o Art. 155 do Código Penal, configura crime) de seis computadores dos nossos associados. Felizmente, nenhum dos membros estava presente durante o ocorrido, e não houveram feridos. Estima-se que o prejuízo proveniente dos eletrônicos roubados é de aproximadamente R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
Inicialmente, em respeito a instituição PUC-SP, nós, membros da PUC Júnior, optamos por manter a situação em estado sigiloso, no aguardo de uma atitude e de um posicionamento por parte deles, o que não ocorreu. Assim, pela falta de respeito, de compromisso, de transparência e principalmente pela negligência da universidade, optamos por tornar a situação de conhecimento público.
É relevante salientar que o presente acontecimento poderia ter ocorrido em qualquer outro local da Universidade, dado que o descaso e falta de segurança da PUC-SP estende-se por todo o campus e arredores da universidade.
Em momento algum, nós, como estudantes universitários, esperávamos passar por isso dentro do nosso ambiente de aprendizagem. O fato é de extrema frustração e indignação.
Além disso, gostaríamos de reiterar que a PUC Júnior Consultoria já tomou todas as medidas cabíveis diante do ocorrido, mas mesmo assim, não houve cooperação por parte da faculdade.
Por fim, reforçamos que o objetivo desta nota de repúdio, além de alertar aqueles que frequentam o espaço da universidade, é de exigir um ressarcimento financeiro e uma mudança no cenário vigente, tratando-se da segurança e da postura inaceitável da instituição."
LEIA A NOTA DA PUC-SP SOBRE O OCORRIDO
"A Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias foi informada por estudantes que atuam na PUC Júnior Consultoria sobre um furto, na sala da entidade, ocorrido na tarde do dia 6/3/2024. Segundo informações dos alunos, eles saíram do local para participar de uma atividade e deixaram a sala vazia e sem trancar.
Por se tratar de um crime, a PROCRC orientou o grupo a registrar boletim de ocorrência na delegacia do bairro para investigação do caso.
As imagens registradas por câmeras de segurança poderão ser disponibilizadas às autoridades competentes."
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