SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) suspendeu o rodízio de veículos na tarde desta terça-feira (9) diante da paralisação de ônibus em São Paulo. Com isso, os veículos com placas de final 3 e 4 podem circular por toda a cidade.
"A Prefeitura de São Paulo determinou a suspensão do rodízio de veículos na tarde desta terça-feira em razão da paralisação de ônibus na cidade", diz nota enviada pela prefeitura por volta de 18h20.
Motoristas e cobradores recolheram os ônibus após as empresas adiarem o pagamento do 13° salário. O movimento começou na tarde desta terça.
As operadoras do transporte coletivo enviaram uma carta ao sindicato pedindo mais prazo para depósito do 13º salário. A proposta desagradou os funcionários.
A gestão Nunes também afirmou ter registrado boletim de ocorrência com a paralisação. "A gestão se solidariza com todos os usuários que dependem do transporte público e que hoje sofrem com o descaso, irresponsabilidade e falta de compromisso dessas companhias com a população", diz a prefeitura.
O sindicato planeja realizar assembleias na madrugada desta quarta-feira (10) para discutir o pedido das empresas. Há possibilidade de uma greve formal ser votada.
Segundo o sindicato dos motoristas, o atraso no pagamento do 13º salário está atrelado ao processo de revisão quadrienal dos contratos de concessão das empresas de ônibus, que será julgado nesta quarta-feira (10) pelo TCM (Tribunal de Contas do Município).
Segundo a SPUrbanus (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), as empresas têm mantido diálogos constantes com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte para finalizar os acertos para a revisão quadrienal dos contratos firmados com o município, "recompondo o equilíbrio econômico-financeiro do sistema, de forma a se evitar qualquer movimento paredista dos trabalhadores do transporte coletivo, que venha a causar prejuízos à população que depende desse serviço essencial e estratégico".
Em nota, o sindicato patronal afirma que as empresas operadoras associadas à entidade "não estão poupando esforços para honrar com suas obrigações trabalhistas com os empregados do setor, inclusive solicitando um maior prazo para o pagamento do 13º salário, em conformidade com o que a legislação estabelece".
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