SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou por telefone nesta quinta-feira (11) com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e confirmou apoio russo ao país. Informação consta em comunicado do Kremlin.

Líderes também manifestaram a intenção de realizar projetos conjuntos. Segundo comunicado do governo, Putin e Maduro citaram as áreas de economia, energia, finanças, cultura e outras.

Putin expressou solidariedade ao povo venezuelano diante da crescente pressão externa.

A Venezuela enfrenta aumento das tensões com os Estados Unidos.

"Os chefes de Estado trocaram opiniões sobre o desenvolvimento futuro das relações amistosas entre Rússia e Venezuela, em consonância com o acordo de parceria estratégica e cooperação, que entrou em vigor em novembro de 2025. Vladimir Putin expressou solidariedade ao povo venezuelano e reafirmou seu apoio à política do governo Maduro, que visa proteger os interesses nacionais e a soberania diante da crescente pressão externa", afirma comunicado do Kremlin.

Presidente dos EUA disse que os dias de Maduro à frente do governo venezuelano "estão contados". Em entrevista ao canal Politico, Donald Trump também não descartou a possibilidade de enviar tropas à Venezuela.

Escalada da tensão entre Caracas e Washington ganhou força após os ataques dos EUA a embarcações no Caribe e no Pacífico. Os norte-americanos alegaram que os barcos fariam supostamente o transporte de tráfico de drogas, com um saldo de pelo menos 83 mortos.

A Casa Branca acusa Maduro de liderar o Cartel de Los Soles, considerado organização terrorista pelos EUA. Já a Venezuela nega a existência do grupo e classifica as acusações como "ridículas".

Trump autorizou ações clandestinas da CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) na Venezuela. Maduro denunciou que essas manobras militares têm como objetivo derrubá-lo. Ele alega que os EUA visam se apoderar das reservas de petróleo de seu país.