CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O investigado Alex Leandro Bispo dos Santos, 40, preso sob suspeita de ter matado sua companheira, Maria Katiane Gomes da Silva, 25, foi ao velório da mulher no Ceará e chorou abraçado ao caixão. A imagem está em um vídeo que circula pelas redes sociais.

Maria Katiane morreu na madrugada de 29 de novembro após cair do décimo andar do prédio em que eles viviam, na Vila Andrade, zona oeste de São Paulo. Natural de Crateús (CE), ela foi velada na cidade no dia 1º de dezembro. Em 9 de dezembro, Alex Leandro foi preso temporariamente, por 30 dias, sob suspeita de feminicídio.

A reportagem não conseguiu contato nesta quinta-feira (11) com o advogado André Marques Martins, que atua na defesa de Alex Leandro.

Imagens de câmeras do condomínio mostram que naquela madrugada ele agrediu a mulher na garagem e no elevador do prédio. Em seguida, o corpo dela foi encontrado em uma área do condomínio.

Conforme boletim de ocorrência, ele havia relatado às autoridades policiais que não tinha agredido fisicamente a mulher e admitiu apenas uma discussão.

Nesta quinta, em nota, a Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento pelo 89º Distrito Policial (Jardim Taboão). Os investigadores aguardam a conclusão de exames periciais.

"Caso seja necessário maior prazo para a conclusão das investigações, a autoridade policial solicitará pela prorrogação da prisão por mais 30 dias", afirmou à reportagem.

Segundo o boletim de ocorrência, Alex Leandro contou que ele e a mulher retornaram de uma festa, de madrugada, e houve uma discussão porque ela havia comprado passagens para um cruzeiro, no qual deveriam embarcar em 27 de dezembro.

Maria Katiane teria se irritado, ainda segundo o relato, porque ele disse que, depois da ceia de Natal, passaria o restante da noite com seu filho, de outro relacionamento. Assim, ele não viajaria imediatamente.

Ainda segundo ele, a mulher se trancou no banheiro, e foi necessário arrombar a porta para que ela saísse.

Depois, ele teria deixado a mulher na sala e foi para o quarto. Nesse momento, teria ouvido um grito e um barulho. Ao olhar pela sacada, teria visto a mulher no chão.

Ele afirmou que desceu imediatamente e tentou reanimá-la até a chegada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e da Polícia Militar.