SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A pedido do ministro Alexandre Silveira, representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acionaram funcionários de distribuidoras de energia próximas a São Paulo para reforçar o atendimento às cidades afetadas pelos vendavais desde quarta-feira (10).

Até às 18h30 desta quinta, cerca de 1,3 milhão de clientes na Grande São Paulo ainda seguem sem energia. O número chegou a cair para 1,2 milhão no início da tarde, mas voltou a subir. No pico, na quarta, o apagão atingiu 2,2 milhões de imóveis.

As cidades mais atingidas pelo climático, diz a pasta, são São Paulo e Campos do Jordão, além de Itapeva, Mairiporã, Franco da Rocha, Apiaí, Iguape, Piracaia, Santa Isabel, São Luiz do Paraitinga e Peruíbe.

"Até a noite desta quarta-feira (10), quase duas mil equipes (juntando Enel São Paulo e Neoenergia Elektro) foram mobilizadas para que a distribuição de energia elétrica volte à normalidade", diz nota enviada pelo ministério.

A Enel afirmou, por nota, que mobilizou mais de 1.600 equipes para recompor o sistema de energia.

Nesta quinta, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que voltou a pedir ao Ministério e à Aneel intervenção e caducidade no contrato de concessão com a Enel, que vai até 2028.

Tarcísio, inclusive, disse que o quadro de funcionários da Enel é "absolutamente insuficiente" para lidar com situações como desta quarta.

"Por isso sugerimos o início do processo de caducidade e intervenção, somos críticos à intervenção. A intervenção funciona porque o interventor terá o caixa [da Enel] para fazer obras. O que nos preocupa é a falta de velocidade no restabelecimento da energia", prosseguiu o governador.

De acordo com o Ministério, até a noite dessa quarta-feira (10/12), quase duas mil equipes, juntando Enel São Paulo e Neoenergia Elektro, foram mobilizadas para que a distribuição de energia elétrica volte à normalidade.