FLORIANÓPOLIS, SC (FOLHAPRESS) - O Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, amanheceu nesta quarta-feira (17) com uma nova operação policial. A Polícia Civil busca integrantes do Comando Vermelho que estariam envolvidos em crimes como comércio ilegal de armas de fogo e munições, tráfico de drogas e associação criminosa.
Moradores relatam troca de tiros na região do Parque União e da Nova Holanda. As buscas, que são parte de nova fase da Operação Contenção, também acontecem em outros pontos da zona norte e da região dos Lagos. A ação tem participação da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e DGPE (Delegacia-Geral de Polícia Especializada).
Perfis em redes sociais mostram, desde cedo, viaturas na avenida Brasil, além de relatar a presença de muitos agentes da polícia na região.
A Polícia Civil diz ter identificado núcleos criminosos especializados na circulação de armamentos de alto poder ofensivo, na logística de munições e no abastecimento do tráfico. "Parte significativa dos alvos está localizada no Complexo da Maré, além de outras áreas da capital, evidenciando a capilaridade da organização criminosa", diz comunicado da corporação.
Na região dos Lagos, equipes buscam suspeitos que fariam entregas, como um sistema de "delivery", de drogas em pontos da zona norte.
A primeira fase da OperaçãoContenção deixou 122 mortos, sendo cinco policiais, nos complexos da Penha e do Alemão em 28 de outubro. A operação foi considerada a mais letal do país após superar o Carandiru, quando, em outubro de 1992, a Polícia Militar paulista executou 111 presos na extinta Casa de Detenção.
A invasão foi considerada sucesso pelo governador Cláudio Castro (PL). Na ocasião, o objetivo era cumprir 69 mandados de prisão em 180 endereços, conforme noticiado pela Folha. Foram apreendidos mais de cem fuzis.
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