SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O número de imóveis às escuras voltou a aumentar na região metropolitana de São Paulo na manhã desta quarta-feira (17) e atinge 55.308 endereços.
Na capital paulista são 30.561 clientes sem eletricidade. A cidade voltou a registrar fortes chuvas a partir da tarde desta terça-feira (16).
Desse total, não é possível saber se ainda há pessoas impactadas desde a ventania causada pelo ciclone extratropical que atingiu o Sudeste brasileiro na última quarta-feira (10), deixando 2,2 milhões de clientes sem energia. Questionada nesta manhã, a Enel não havia se manifestado até a publicação deste texto.
Em seu site, a concessionária divulgou que a energia já foi restabelecida "para 99% dos clientes que tiveram o fornecimento afetado pelo ciclone".
A Enel também alerta que nos próximos dias, em função de uma frente fria, a área de concessão terá chuvas generalizadas, associadas com rajadas de ventos e descargas atmosféricas.
"Ativamos nosso plano de contingência, com reforço das equipes em campo e dos canais de atendimento, para garantir o suporte necessário em caso de ocorrências."
PROCESSO DE CADUCIDADE
O alinhamento dos governos Lula, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes na insatisfação contra a Enel acelera o processo de caducidade contra a empresa na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Até esta quarta (17), um novo pedido deverá chegar ao órgão federal pedindo que a concessão da empresa de energia seja cassada.
Tanto o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) quanto o governador paulista deverão encaminhar um pedido formal à agência. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) também fará isso, mas a participação da prefeitura nesse caso é menos relevante em termos jurídicos. É da Aneel a atribuição de avaliar a validade da concessão e recomendar uma cassação.
O alinhamento político aumenta a pressão sobre o processo de caducidade que já está na agência, paralisado por um pedido de vista válido até fevereiro. Nos bastidores, a expectativa é que a suspensão seja interrompida antes, em janeiro, como resultado da insatisfação coletiva contra a Enel.