SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem ficou ferido em confronto com agentes da Polícia Militar durante uma operação na tarde desta sexta-feira (19) na favela do Moinho, na região central de São Paulo.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública do estado), a PM estava no local para cumprir mandado de busca e apreensão contra suspeitos de tráfico de drogas.
Houve troca de tiros e um homem, apontado pela polícia como suspeito, foi baleado. Ele foi levado para o hospital pela ambulância do Resgate, do Corpo de Bombeiros. Não há informações do seu quadro de saúde.
Depois do confronto, a força policial continua dentro da favela.
No dia 8 de setembro, nove pessoas suspeitas de integrar grupo que comanda o tráfico de drogas na favela foram presas durante uma operação conjunta do Ministério Público e das polícias Civil e Militar. Entre os detidos estava Alessandra Moja, irmã do traficante Leonardo Moja, conhecido como Léo do Moinho, apontado como líder do tráfico de drogas no local.
Aquela ação foi conduzida por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Foram emitidos dez mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão, no âmbito da Operação Sharpe, que tenta desarticular o tráfico de drogas na cracolândia. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), 12 celulares foram apreendidos.
Localizada em uma área da União entre duas linhas de trens metropolitanos, na região central da cidade, a comunidade passa atualmente por um processo de reassentamento comandado pelo governo estadual. Desde o início do processo, em abril, há confrontos entre moradores e policiais.
As gestões Lula e Tarcísio anunciaram em maio deste ano um acordo para o atendimento habitacional de um grupo de quase 900 famílias da comunidade. Em meio a entraves burocráticos para que a Caixa Econômica Federal realize a compra dos imóveis oferecidos com 100% de subsídio para famílias que saírem da favela do Moinho, a CDHU assumiu integralmente os custos da operação de aproximadamente R$ 200 milhões. Posteriormente, o governo estadual cobrará ressarcimento à União.