Segunda-feira, 11 de abril de 2011, atualizada às 18h11

Igreja Católica prepara celebração da Semana Santa

Da Redação
Foto de missa

Com início no Domingo de Ramos, 17 de abril, a programação da Semana Santa em Juiz de Fora está definida. A Igreja Católica prepara a celebração da data que termina na Páscoa, 24, com missas, procissões e a Via-sacra nas igrejas do Centro e nos bairros. Clique aqui e veja a programação nos templos.

O Domingo de Ramos, 17, lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus. No Brasil, este é também o dia da Coleta da Solidariedade, que encerra a Campanha da Fraternidade. Este ano, as coletas de Juiz de Fora e 36 cidades da região (território da Arquidiocese JF) vão ser destinadas para as Dioceses de Nova Friburgo e Petrópolis, afetadas pelos desastres naturais no início deste ano.

Na Terça-feira Santa, 19, acontece a Procissão do Encontro. Ao participar da celebração, os fiéis recordam o doloroso encontro de Jesus e Maria a caminho do calvário. A procissão é sempre formada por uma imagem de Nosso Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores que saem cada um de um local. O encontro dessas imagens é celebrado com o Sermão do Encontro. Essa pregação fala da importância da entrega de Jesus pela salvação do mundo e também sobre a mãe de Jesus como uma mulher corajosa, que nunca abandona seu filho.

Na Quinta-feira Santa, 21, o clero da Arquidiocese reúne-se na Catedral, às 9h, para a Solene Missa dos Santos Óleos. Nessa celebração, os padres renovam seu compromisso como sacerdotes, na cerimônia que revive a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial. Os óleos dos Catecúmenos (usados nos batizados) e dos Enfermos (usados na Unção dos doentes) são abençoados e o óleo do Crisma (usado no sacramento da Crisma) é consagrado.

O Tríduo Pascal inicia-se na noite da Quinta-Feira, com a realização da celebração da Ceia do Senhor e Lava-Pés. Esta missa relembra o episódio da Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, oferece a Deus o seu corpo e sangue sob as espécies do pão e do vinho, e os entrega para os apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes oferecer também aos seus sucessores. Nesta missa, faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a celebração, ocorre a cerimônia do Lava-Pés, que lembra o gesto de Jesus na última ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos em sinal de humildade e serviço.

A Sexta-Feira Santa, 22, recorda a Paixão e Morte de Cristo. Para os católicos, este dia é marcado pelo silêncio, pelo jejum e pela oração e, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte de Cristo. Às 15h, horário da morte de Jesus, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Neste dia não há missas. No Sábado Santo, 23, a principal celebração é a Vigília Pascal, que recorda a ressurreição de Jesus.

O Domingo de Páscoa, 24, é a celebração da vitória da vida sobre a morte. A palavra Páscoa vem do hebreu e significa passagem. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento. A Páscoa que eles comemoram é a passagem do Mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do Faraó, teriam que atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken