Em JF, 17% dos presos que sa?ram no fim de ano estáo foragidos

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Em JF, 17% dos presos que sa?ram no fim de ano est?o foragidos
Sexta-feira, 13 de janeiro de 2012, atualizada às 15h16

Em JF, 17,65% dos presos que saíram para festas de fim de ano estão foragidos

Aline Furtado
Repórter

Em Juiz de Fora, um total de 18 dos 102 presos que foram beneficiados com a saída temporária de final de ano não retornaram às unidades prisionais, conforme determinação da Justiça. Os dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) revelam que 17,65% continuam foragidos.

Na cidade, receberam o benefício detentos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires e da Penitenciária José Edson Cavalieri. O índice em Juiz de Fora é maior que o percentual do Estado, 6,8%, onde há 173 foragidos do total de 2.513 que obtiveram o benefício de passar o final ou o início do ano com a família.

As saídas ocorreram de forma escalonada entre os dias 19 de dezembro e 3 de janeiro, com o último retorno previsto para o dia 10 deste mês. De acordo com a assessoria da Seds, somente após 48 horas da data estipulada para a volta, um preso pode ser considerado foragido da Justiça. Aqueles que não retornam no período determinado, quando capturados, perdem o direito à progressão de regime, voltando a cumprir pena em regime fechado.

Segundo a Lei de Execuções Penais, cada detento que cumpre pena em regime semiaberto e possui bom comportamento, tem direito a cinco saídas de sete dias ao longo de todo o ano, sendo contemplados no Dia das Mães, no Dia dos Pais, no Dia das Crianças, no final do ano e em uma data a ser escolhida pelo preso. Cada unidade prisional conta com uma Comissão Técnica de Classificação (CTC), que avalia cada detento, a fim de classificar aqueles que serão beneficiados, tendo como base o comportamento interno e o potencial ofensivo para a sociedade.

Percentual de foragidos cresceu

Em 2011, o percentual de foragidos após a concessão do benefício no mesmo período em Juiz de Fora foi de 4,43%, quando 15 dos 338 presos beneficiados não retornaram no prazo determinado pela Justiça. Em todo o Estado, 229 dos 3.826 beneficiados foram considerados foragidos, resultando em 5,98%, no ano passado.